Rio - O miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega portava uma pistola com "kit rajada", que permite dar vários tiros como uma metralhadora, quando foi morto por policiais de elite da Bahia. A informação foi dada pelo Fantástico neste domingo, para contestar com a divulgação da foto do escudo usado pela polícia baiana que mostra apenas duas marcas de disparos, o que não seria possível com o uso do dispositivo na arma do ex-capitão do Bope.
Apontado como um dos chefes da milícia em Rio das Pedras e Muzema, ele estava em uma casa, localizada em um sítio em Esplanada, interior baiano, e foi morto no último dia 9 após ser cercado pela polícia da Bahia. Na porta por onde os policiais invadiram a casa, apenas uma marca de tiro e na parede do mesmo lado outros quatro buracos, que podem ser de tiros, mas também de estilhaços.
Apontado como um dos chefes da milícia em Rio das Pedras e Muzema, ele estava em uma casa, localizada em um sítio em Esplanada, interior baiano, e foi morto no último dia 9 após ser cercado pela polícia da Bahia. Na porta por onde os policiais invadiram a casa, apenas uma marca de tiro e na parede do mesmo lado outros quatro buracos, que podem ser de tiros, mas também de estilhaços.
Segundo a Secretaria de Segurança da Bahia, Adriano da Nóbrega reagiu e foi atingido duas vezes por fuzil, um disparo o atingiu na altura do ombro e saiu na escápula, fazendo ele rodar e ser baleado pelo segundo tiro na cintura, atravessando o corpo e ficando alojado o projétil no pescoço, segundo explicou Mário Câmara, diretor do Instituto Médico Legal da Bahia.
Para o coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo, João Vicente Guimarães, os policiais tinham que esperar Adriano se entregar. "Não há uma decisão de invasão de uma edificação quando não há um refém. A polícia não tem urgência pra fazer isso. Então nesse caso, pura e simplesmente, devia ter cercado aquela edificação e esperar que ele se entregasse", explicou ao "Fantástico".
Não era a primeira vez de Adriano em Esplanada, onde tinha negócios e vinha investindo em gados e cavalos na região, além de vaquejadas com o apoio de Leandro Abreu Guimarães, que deu abrigo para o miliciano. O Ministério Público da Bahia abriu uma investigação para apurar se Leandro estava lavando dinheiro do amigo na região. Ele foi preso no dia da operação que matou o miliciano.
Antes de fugir para o sítio, Adriano estava escondido em condomínio de luxo na Costa do Sauípe pelo menos desde dezembro. A casa, alugada por R$ 1 mil a diária, ficava longe do portão principal do condomínio para facilitar uma fuga.
O caminho do fugitivo foi refeito pela reportagem do programa dominical. A rota de fuga usada por ele quando a polícia o localizou foi um pântano nos fundos do conjunto de casas. Ele foi avisado pela esposa, que percebeu a movimentação policial.
Tiros dados à queima-roupa
O miliciano Adriano Magalhães do Nóbrega, morto em uma ação policial para capturá-lo na Bahia, levou tiros à queima-roupa e tinha sinais que sugerem que ele foi torturado. As informações constam em reportagem da revista Veja desta sexta-feira, que mostram fotos do líder do Escritório do Crime após a morte e reforçam a suspeita levantada de que a morte poderia ser uma queima de arquivo.
Com base nas imagens e no laudo do exame de necrópsia, especialistas ouvidos pela revista chegam à conclusão que os tiros que atingiram Adriano foram disparados à curta distância. As fotos também revelam um ferimento na cabeça do ex-capitão, logo abaixo do queixo, que pode ter sido um tiro dado quando ele já estava caído, também dado de muito perto.
Com base nas imagens e no laudo do exame de necrópsia, especialistas ouvidos pela revista chegam à conclusão que os tiros que atingiram Adriano foram disparados à curta distância. As fotos também revelam um ferimento na cabeça do ex-capitão, logo abaixo do queixo, que pode ter sido um tiro dado quando ele já estava caído, também dado de muito perto.
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