Adriano Magalhães da Nóbrega foi morto na BahiaReprodução
Por O Dia
Publicado 17/02/2020 21:03
Rio - O Tribunal de Justiça do Rio determinou, nesta segunda-feira, que não é mais necessário conservar o corpo e nem realizar nova necrópsia do miliciano Adriano da Nóbrega, morto no último dia 9, durante uma ação policial em Esplanada, na Bahia. A decisão é do juiz titular do 4º Tribunal do Júri do Rio, Gustavo Gomes Kalil, no processo da Operação Intocáveis. A informação foi antecipada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
Na sentença, o magistrado destacou que a decisão se refere ao juízo do Rio, e acrescentou que a competência para determinar possíveis novos exames é da comarca de Esplanada, onde o ex-capitão do Batalhão de Operação Especiais (Bope) foi morto. 
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Na última quarta-feira, duas decisões da Justiça proibiram a cremação do corpo do miliciano. O pedido da cremação foi feito pela família de Adriano, por se tratar de uma morte violenta somente a justiça pode autorizar.
Na ocasião, o juiz Gustavo Kalil determinou que a cremação só poderia acontecer após a realização de todas as diligências e confecção de todos os laudos periciais necessários para elucidação de tais circunstâncias.
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Miliciano Adriano da Nóbrega usava pistola com 'kit rajada' quando foi morto
O miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega portava uma pistola com "kit rajada", que permite dar vários tiros como uma metralhadora, quando foi morto por policiais de elite da Bahia. A informação foi dada pelo Fantástico neste domingo, para contestar com a divulgação da foto do escudo usado pela polícia baiana que mostra apenas duas marcas de disparos, o que não seria possível com o uso do dispositivo na arma do ex-capitão do Bope.

Apontado como um dos chefes da milícia em Rio das Pedras e Muzema, ele estava em uma casa, localizada em um sítio em Esplanada, interior baiano, e foi morto no último dia 9 após ser cercado pela polícia da Bahia. Na porta por onde os policiais invadiram a casa, apenas uma marca de tiro e na parede do mesmo lado outros quatro buracos, que podem ser de tiros, mas também de estilhaços.
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Segundo a Secretaria de Segurança da Bahia, Adriano da Nóbrega reagiu e foi atingido duas vezes por fuzil, um disparo o atingiu na altura do ombro e saiu na escápula, fazendo ele rodar e ser baleado pelo segundo tiro na cintura, atravessando o corpo e ficando alojado o projétil no pescoço, segundo explicou Mário Câmara, diretor do Instituto Médico Legal da Bahia.