Warley de Andrade / TV Brasil
Por O Dia
Publicado 27/02/2020 20:28 | Atualizado 27/02/2020 20:29
Rio - A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou, na noite desta quinta-feira, que o Estado do Rio de Janeiro tem nove casos suspeitos de coronavírus (covid-19) sendo monitorados. Os casos estão nos municípios do Rio de Janeiro (2), Niterói (2), Macaé (1), Nova Iguaçu (1), e dois turistas e um caso em residência ainda em investigação. Os pacientes apresentam os sintomas respiratórios e têm histórico de viagem para países com circulação ativa do vírus.

"Estamos em alerta máximo e preparados para enfrentar o coronavírus. Desde o início do ano, trabalhamos na organização de um plano de resposta eficiente e ágil para enfrentar este novo vírus", afirmou o secretário de Estado de Saúde, Edmar Santos.
Plano de contingência
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A SES informou que, no ano passado, elaborou e definiu um plano de contingência para enfrentar um possível surto no Estado do Rio de Coronavírus, que é capaz de provocar epidemias e pode evoluir a pandemias. Para proteger o cidadão fluminense do COVID-19, a SES disse ter definido objetivos estratégicos, a fim de evitar a disseminação do vírus entre uma população sem imunidade para este subtipo viral.

O plano emergencial tem a intenção de sistematizar ações e procedimentos de responsabilidade da esfera estadual de governo. Ficou decidido que a SES vai apoiar em caráter complementar os gestores municipais no combate a um possível surto de Coronavírus, precavendo-se e organizando o enfrentamento de tudo aquilo que sair da normalidade. Com isso, a SES iniciou a preparação do plano de contingência em funcionamento no Nível Zero. Os demais níveis de acionamento (um, dois e três) são organizados de acordo com parâmetros epidemiológicos, como números de casos.

O primeiro objetivo estratégico do plano de contingência é intensificar medidas de segurança para conter a transmissão humano a humano, incluindo as infecções secundárias entre pessoas próximas e profissionais de saúde.

Caso uma pessoa apresente sintomas e sinais de doenças respiratórias, ela será identificada imediatamente, isolada e atendida da forma como preconiza a OMS e o Ministério da Saúde.

O terceiro item abordado no tópico sobre os objetivos estratégicos do plano aponta para a comunicação do problema: informações sobre os riscos e casos registrados no Estado do Rio de Janeiro devem ser informados à sociedade o mais rápido possível para, entre outras coisas, combater a desinformação e as perigosas fake news.

Organização da resposta a um possível surto

- Nível Zero – Casos importados notificados ou confirmados.

- Nível de Ativação 1 – Transmissão autóctone de Coronavírus no estado do Rio de Janeiro.

- Nível de Ativação 2 – Transmissão sustentada na Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro.

- Nível de Ativação 3 – Quando as ações e atividades orientadas para serem realizadas no Nível 2 de ativação forem insuficientes como medidas de controle e para a organização da rede de atenção na resposta. E, ainda, quando a rede de atendimento definida for incapaz de atender à demanda. Caso o surto chegue a esse nível, além de todas as unidades citadas anteriormente, será criado pela Secretaria de Estado de Saúde hospital de campanha e as Forças Armadas serão acionadas. Haverá ainda a utilização de leitos em unidades especializadas, com a suspensão de cirurgias eletivas.

Processo de confirmação ou descarte de casos

Caso o paciente esteja com os sintomas do Coronavírus e tenha viajado para países com circulação ativa do vírus, o primeiro passo é procurar uma unidade de saúde para buscar assistência. No local, o profissional da unidade vai colocar em prática o protocolo de atendimento para casos a serem investigados - como uso de equipamento de segurança e isolamento do paciente -, além de notificar a Vigilância Municipal a respeito do caso. Além disso, o profissional de saúde realizará coleta do material para análise, que será entregue pela Vigilância Municipal ao Laboratório Central Noel Nutels (Lacen-RJ). No Lacen, o material é dividido em duas partes. Uma parte da amostra é analisada na própria unidade, investigando vírus respiratórios comuns, e a outra é enviada à Fiocruz, que realizada a testagem para o coronavírus. A SES esclarece ainda que o acompanhamento do paciente e pessoas que entraram em contato com ela é realizado pela Vigilância Municipal de cada cidade.

Diferença entre casos

Notificados - Ainda não é considerado como caso suspeito, já que depende de avaliação de critérios definidos pelas autoridades sanitárias

Suspeitos - Caso atende aos critérios das autoridades e será confirmado ou descartado
Medidas de prevenção

- Proteger nariz e boca ao espirrar ou tossir;

- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres e copos;

- Lavar frequentemente as mãos, especialmente após espirrar ou tossir;

- Evitar ambientes com muita aglomeração;

- Utilizar álcool em gel nas mãos.


O que fazer em caso de suspeita

Se estiver com febre ou sintomas respiratórios e tiver vindo de países com casos de coronavírus:

- Cubra o rosto com máscara cirúrgica;

- Vá à unidade básica de saúde, hospital de emergência ou à UPA mais próxima;

- Siga as orientações dos profissionais de saúde;

- Siga as medidas de prevenção: lave as mãos frequentemente, cubra o rosto ao tossir e espirrar, não compartilhe objetos de uso pessoal, evite locais de grande aglomeração, utilize álcool em gel para as mãos.