A professora Maria Abreu e as alunas Maria Eduarda, Luana Ribeiro, Clara Monteiro, e Julia Ramos, da Tijuca, não abrem mão do álcool gel - Ricardo Cassiano
A professora Maria Abreu e as alunas Maria Eduarda, Luana Ribeiro, Clara Monteiro, e Julia Ramos, da Tijuca, não abrem mão do álcool gelRicardo Cassiano
Por Felipe Gavino*

Após o fim do Carnaval, o retorno às aulas virou um novo alvo de preocupação dos cariocas por conta do coronavírus. Além disso, outras doenças como a dengue e o sarampo também têm sido motivo de apreensão de pais e responsáveis. Segundo o último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde até o fechamento desta edição, são 42 casos suspeitos de coronavírus no Rio, enquanto, no Brasil, o número sobe para 433.

Carlos Barbalho, de 62 anos, diz que seu neto Théo, que estuda na Rede Ressurreição, na Tijuca, tem tomado cuidados especiais na escola. "Peço apenas para ele evitar dar abraço nos amiguinhos e também não apertar a mão de ninguém". Já Maria Abreu, avó de Maria Eduarda, que estuda na mesma escola, revelou que o álcool em gel já faz parte do material escolar da jovem. "Comprei um estoque de álcool em gel no sábado. Ela deixa no estojo pra usar sempre que precisar".

O abastecimento de álcool em gel será reforçado nas escolas. Segundo a Secretaria municipal de Educação, eles já são fornecidos normalmente para alunos e funcionários. Já os professores vão repassar à comunidade escolar conteúdo sobre formas de prevenção.

Em nota, o Ministério da Saúde recomendou, principalmente, a adoção de hábitos de higiene. É necessário lavar as mãos com água e sabão várias vezes ao dia, fazer uso do álcool em gel a 70% quando não for possível lavar as mãos, não compartilhar objetos de uso pessoal e evitar tocar os olhos, o nariz e boca sem que as mãos estejam devidamente higienizadas.

Além disso, é fundamental proteger a boca e o nariz com um lenço de papel (descarte logo após o uso) ou com o braço (e não as mãos) ao tossir ou espirrar. E, caso apresente sintomas respiratórios, como febre, tosse e dificuldade para respirar, deve-se evitar aglomeração de pessoas. Esses hábitos de higiene são extremamente importantes para evitar a transmissão de doenças respiratórias e orais.

'Cidade deve se preocupar com sarampo'
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A secretária municipal de saúde do Rio, Beatriz Bush, alerta que outras doenças deveriam ser mais alarmantes do que o novo coronavírus. Ela conta que sua maior preocupação, hoje, como autoridade sanitária da capital, é com o sarampo. "Uma pessoa que tem sarampo e entra no ônibus contamina todo mundo, e quem tem coronavírus infecta apenas pessoas que estão a um ou dois metros de distância", explica.
Beatriz ainda faz um apelo à população, por causa das informações incorretas que são divulgadas. "Peço para que não compartilhem correntes no WhatsApp. Isso só atrapalha, é preciso checar".
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No ano passado, foram confirmados 114 casos de sarampo na cidade. Em 2020, já são 90 casos.
* Estagiário sob orientação de Luiz Almeida
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