"É um projeto muito simples e objetivo. Ele dispõe sobre a prioridade de tramitação sobre procedimentos investigatórios em crimes que resultam na morte de crianças e adolescentes. Com o caso de Ágatha Félix, nós vimos o quanto é necessário que essas ocorrências tenham uma investigação prioritária, afinal de contas, várias operações policiais têm vitimado crianças e adolescentes. O governador Wilson Witzel precisa apresentar um plano para reduzir riscos aos moradores das favelas e periferias durante operações policiais", disse Renata Souza.
Apenas no mês de janeiro deste ano quatro crianças, de 5 a 11 anos, foram baleadas. Uma delas, Anna Carolina Neves, de 8 anos, foi atingida na cabeça quando assistindo televisão com o pai no sofá de casa, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.
Além deste caso, o Rio teve, em 2019, pelo menos outras 8 mortes, de conhecimento público, de crianças e adolescentes vitimizadas letalmente: Jenifer Silene Gomes, 11 anos; Kauã Vítor Nunes Rozário, 11; Kauã Peixoto, 12; Victor Almeida, 7; Kauê Ribeiro dos Santos, 12; Dyogo Costa Xavier de Brito, 16; Margareth Teixeira,17; e um bebê morto na barriga da mãe em Padre Miguel. Somente um destes casos teve seu inquérito concluído.