Chuva destro bairro em Realengo  - Cléber Mendes
Chuva destro bairro em Realengo Cléber Mendes
Por O Dia
Rio - Em uma das operações da Prefeitura por conta da tragédia que a chuva causou, a Vigilância Sanitária iniciou, nesta quarta-feira, ações de atendimento aos animais, em Realengo, Zona Oeste do Rio. O posto foi montado na Rua Biguaçu, número 155, onde técnicos realizam consultas e agendamento para a castração de cães e gatos, promovendo atividades de orientação, como a distribuição de folhetos sobre a prevenção de leptospirose e outras zoonoses, doenças transmitidas aos humanos por animais. O posto funcionará também das 9h às 16h, desta quinta.

A Vigilância informou que neste primeiro dia de funcionamento do posto móvel, a equipe fez 22 consultas, implantou microchips em quatro animais e agendou 13 castrações de cães e gatos que serão feitas nos próximos dias no centro cirúrgico inaugurado em agosto do ano passado do CCZ.

"Dentro da ação integrada da Prefeitura, trouxemos médicos-veterinários e auxiliares para examinar animais e orientar a população de como se prevenir das zoonoses, principalmente, a leptospirose, muito comum neste período pós-chuva. Contamos também com laçadores para ajudar no recolhimento de animais de grande porte, como os equinos, normalmente abandonados nessas situações. Tudo para facilitar o acesso de moradores aos nossos serviços" disse o médico-veterinário Flávio Graça, superintendente de Educação da Vigilância Sanitária, vinculada à Secretaria Municipal de Saúde.

Recolhimento de animais
Os técnicos são do Centro de Controle de Zoonoses Paulo Dacorso (CCZ, em Santa Cruz, no Complexo Zona Oeste da Vigilância) e do Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman (o IJV, em São Cristóvão, no Complexo Zona Norte). Nas operações de recolhimento feitas em três endereços do bairro registrados na Central 1746 como pontos de cavalos abandonados, a equipe não encontrou animais.

"Fazemos diariamente o recolhimento de animais. Em 2019, por exemplo, nossas saídas resultaram ao todo em 842 animais acolhidos, entre cavalos, porcos, ovelhas e animais menores. Mas em pelo menos metade das nossas saídas, quando nossos técnicos chegam ao local já não encontram mais o animal. Ou ele se deslocou ou foi levado pelo próprio dono, o que é muito comum acontecer", explicou a médica-veterinária Eliane Lobato, diretora do CCZ, contabilizando os resultados das outras ações feitas nesta quarta na Zona Oeste: dois cavalos em Campo Grande e três em Guaratiba.

Alguns atendimentos

A dona de casa Nhy Alves dos Santos, de 85 anos, foi uma das mais de 30 pessoas que estiveram no posto móvel da Vigilância. Ela buscou atendimento para a cadelinha Shayene.

“A minha casa foi invadida por quase dois metros de água, e tivemos que nadar na enchente para sobreviver. E hoje ela amanheceu com o olho inchado. Fiquei sabendo da consulta e vim pedir socorro à Vigilância Sanitária” contou Nhy.

Thaís de Andrade do Nascimento, de 18 anos, levou os seus quatro cães que tiveram contato com água da chuva para se consultarem.

“Ficamos muito tempo na água, me machuquei na correnteza, mas consegui pegar todos os cachorros. Aproveitei a ação para os médicos verem como estão. Amo muito esses meus bichos, todos eles já chipados. Cuido mesmo muito deles”, falou Thaís, aliviada.