- Mauricio Bazilio / SES
Mauricio Bazilio / SES
Por O Dia
Rio - O Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac) enviou, nessa sexta-feira, aos sindicatos patronais, um plano para a prevenção e controle da disseminação do coronavírus (Covid-19), tanto entre os profissionais rodoviários, quanto entre os passageiros.
De acordo com a diretoria do Sintronac, os ônibus são vetores para a propagação do vírus e os rodoviários estão potencialmente expostos à doença. Também há longas horas de viagens em um espaço confinado, grande fluxo de pessoas no ambiente dos coletivos, veículos com ar condicionado sem abertura de janelas, circulação de dinheiro, pouco tempo para a higienização pessoal dos motoristas e trocadores entre viagens, são fatores que tornam a condição dos rodoviários preocupante diante dessa crise de saúde pública de escala mundial.
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Com base nisso, o sindicado solicita aos poderes públicos municipais e estadual as seguintes ações: além de medidas preventivas, como o simples monitoramento da evolução da doença, a preparação das redes hospitalares pública e privada, através de convênios, para um grande fluxo de pacientes infectados pelo coronavírus. Outra reivindicação é a proibição de eventos públicos em espaços fechados. Por fim, a imposição às empresas de ônibus, que adotem, em caráter emergencial, o sistema de recebimento das passagens somente através de cartões, pondo fim à circulação do dinheiro em espécie nos coletivos.
Às empresas de ônibus, o Sintronac reivindica o fornecimento de máscaras cirúrgicas e álcool gel para os rodoviários, um maior espaço de tempo entre as viagens para que os profissionais possam fazer sua higienização pessoal e uma intensa higienização dos ônibus.
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"Sabemos que as redes pública e privada de Saúde mal dão conta das enfermidades, que atingem a população de um modo geral. Um fenômeno extraordinário como esse do Covid-19 é de extrema gravidade, pois sua disseminação rápida pode levar todo o sistema hospitalar ao colapso. Os ônibus e os demais transportes públicos são, portanto, vetores perigosos para um quadro dramático de saúde pública. Não são apenas os rodoviários ameaçados, mas também os passageiros. O poder público e as próprias empresas têm que ter um olhar diferenciado para essa questão", afirma o presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira.