Secretario estadual de Saúde, Edmar Santos, acredita que haja cerca de 800 casos suspeitos - Ricardo Cassiano / Agência O DIA
Secretario estadual de Saúde, Edmar Santos, acredita que haja cerca de 800 casos suspeitosRicardo Cassiano / Agência O DIA
Por O Dia
Rio - A Secretaria estadual de Saúde registrou o primeiro caso de um paciente infectado pelo novo coronavírus (Covid-19) com o quadro de saúde gravíssimo. Trata-se de um médico de 65 anos, que está internado em um hospital particular da Zona Norte da capital. O caso dele é o 25º confirmado no Rio, sendo 11 homens e 14 mulheres.
De acordo com a secretaria, na quarta-feira da semana passada, o médico apresentou febre, tosse e dificuldades respiratórias. Ele não teve histórico de viagem nos 14 dias anteriores ao início dos sintomas e também não teve contato direto com casos confirmados, nem suspeitos.
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"A população precisa ficar em casa. Só assim poderemos conter essa epidemia. Se isso não acontecer, teremos outros casos semelhantes ao deste idoso. Precisamos proteger nossos pais e avós, que são mais vulneráveis", afirmou o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos.
Os 25 infectados no Rio estão divididos entre os seguintes municípios:
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Rio de Janeiro: 23
Niterói: 1
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. Barra Mansa: 1
Os outros 24 pacientes confirmados anteriormente estão em isolamento domiciliar e apresentam estado de saúde estável.
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Plano de contingência
No mês passado, a Secretaria estadual de Saúde elaborou e definiu um plano de contingência para enfrentar uma possível epidemia do coronavírus no Rio. O plano tem a intenção de sistematizar ações e procedimentos de responsabilidade do governo estadual. Os níveis de acionamento (zero, um, dois e três) foram organizados de acordo com parâmetros epidemiológicos, como números de casos.

O primeiro objetivo estratégico do plano de contingência é intensificar medidas de segurança para conter a transmissão de uma pessoa para outra, incluindo as infecções secundárias entre pessoas próximas e profissionais de saúde.

Caso uma pessoa apresente sintomas e sinais de doenças respiratórias, ela será identificada imediatamente, isolada e atendida da forma como preconizam a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde.
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Os níveis de acionamento
. Nível Zero: Casos importados notificados ou confirmados

. Nível 1: Transmissão local

. Nível 2: Transmissão comunitária, que ativará outros leitos para assistência de casos graves

. Nível 3: Quando as ações e atividades orientadas para serem realizadas no nível 2 forem insuficientes como medidas de controle e para a organização da rede de atenção na resposta. Caso o surto chegue a esse nível, além de todas as unidades citadas anteriormente, será criado um hospital de campanha e as Forças Armadas serão acionadas. Haverá ainda a utilização de leitos em unidades especializadas, com a suspensão de cirurgias eletivas.
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Medidas de prevenção
. Proteger nariz e boca ao espirrar ou tossir
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. Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres e copos
. Lavar frequentemente as mãos, especialmente após espirrar ou tossir
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. Utilizar álcool em gel nas mãos