Asmáticos estão no grupo de risco do coronavírus - Reprodução
Asmáticos estão no grupo de risco do coronavírusReprodução
Por Waleska Borges

Idosos, asmáticos, diabéticos, hipertensos, doentes autoimunes, HIV positivo. Esses são alguns exemplos de pessoas que fazem parte do grupo de risco a contrair o coronavírus e desenvolver a Covid-19. De acordo com a presidente da Sociedade de Infectologia do Estado do Rio de Janeiro, Tânia Vergara, esse grupo tem mais facilidade de adoecer porque têm a imunidade já comprometida.

"Além da debilidade imunológica, essas pessoas já têm outras doenças subjacentes que podem se agravar com a presença da Covid-19", explicou Tânia Vergara.

Segundo Fernanda de Carvalho, doutora em imunologia Centro Universitário IBMR, as medidas de prevenção para o grupo de risco são as mesmas recomendadas para todas as pessoas. No entanto, conforme Fernanda, os indivíduos considerados grupo de risco, não devem sair de casa, os familiares ao chegarem nas residências devem tomar banho, colocar as roupas para lavar separadamente, além de separar os objetos de uso pessoal.

"Proceder com a higiene da casa, dos banheiros. É um momento de conscientização de toda a população, estando no grupo de risco ou não ", ponderou Fernanda. Ainda segundo a especialista, as vacinas que possuem vírus vivo atenuado (oral contra a poliomielite, contra o sarampo, febre amarela) não são recomendadas para idosos, gestantes e portadores de doenças crônicas graves.

Conforme Fernanda, cada caso deverá ser acompanhado pelo médico de confiança do paciente, que determinará os cuidados a serem tomados. De acordo com ela, a vacina da gripe, por exemplo, pode ser administrada em idosos, gestantes. Já a vacina da febre amarela é contra-indicada: "Cada situação deverá ser avaliada individualmente".

Medicamentos preservados

A pesquisadora em saúde, Chrystina Barros, mestre pela Uerj, lembra que se a pessoa tem alguma doença crônica, como diabetes e hipertensão, deve manter seus medicamentos em dia. Segundo ela, essas doenças são silenciosas.

"É muito comum pacientes diabéticos e hipertensos, por se sentirem bem, deixarem de tomar os seus remédios. A diabetes é uma doença que a glicose sobe e a pessoa não sente. Na hipertensão, a pressão sobe, o corpo vai se adaptando e a pessoa não sente. Isso faz com que seu organismo descompense e não consiga responder, imunologicamente, da melhor forma", explicou. A médica reforçou ser fundamental que as pessoas tomem seus medicamentos e as vacinas indicadas.
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Não. Segundo a OMS, é recomendado o uso de paracetamol. Pesquisa mostra que pacientes com diabetes e hipertensão tratados com ibuprofeno têm mais riscos de desenvolver quadros severos da doença.
 
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