Vigilância Sanitária interdita farmácia por vender remédio que promete prevenir o coronavírus
Vistoria aconteceu após denúncias na internet
Rio - A Vigilância Sanitária do Rio interditou, nesta sexta-feira, uma farmácia de manipulação da Rua Siqueira Campos, 214, em Copacabana, Zona Sul da cidade, após denúncia sobre a venda de um medicamento para o tratamento do coronavírus (Covid-19).
De acordo com equipes da vigilância, na vistoria, foi encontrado um produto já embalado, pronto para a entrega ao cliente, com a nota de venda contendo a inscrição “coronavírus 15ml”, mas sem qualquer menção ao Covid-19 no rótulo. Segundo a farmacêutica responsável pelo estabelecimento, trata-se de uma formulação para aumentar a imunidade, produzida a pedido de clientes que viram a receita na internet.
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"Alertamos que, até o momento, não temos registro de nenhum medicamento específico para o tratamento do Covid-19, ou que aumente a imunidade contra a doença. A nossa recomendação é que a população se mantenha informada, buscando conteúdos em canais oficiais sobre essa pandemia que muda a todo instante", orienta a médica Patrícia Guttmann, coordenadora de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde.
Além disso, durante a inspeção, os fiscais constataram uma série de outras irregularidades, como soluções para controle de qualidade de matérias-primas com validade vencida há quase dois anos (em abril de 2018), falta de potabilidade da água, ausência de laudos de controle de qualidade do produto e de fórmulas homeopáticas, entre outras.
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Além da interdição, a farmácia teve que descartar produtos prontos para 48 clientes e recebeu duas multas (uma por falta de higiene nas instalações e equipamentos e outra por funcionamento inadequado) e três intimações para cumprir exigências de adequações estruturais e processos de trabalho. Ninguém foi preso na ação.
"O estabelecimento não apresentou o receituário geral, o que é imprescindível para uma empresa farmacêutica. Eles recebem os pedidos e não registram os produtos, comprometendo o processo de rastreabilidade", disse a farmacêutica Wilenes Souza, que integra a Coordenação de Saúde da Vigilância Sanitária.
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Por conta das muitas medidas de prevenção e controle do coronavírus que vem adotando, a Vigilância Sanitária reduziu atendimentos e readequou ações, mas manteve os serviços essenciais, como as inspeções para conferir denúncias feitas à Central 1746.