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Por RENAN SCHUINDT
Rio - Lideranças comunitárias da Rocinha e do Vidigal, ambas na Zona Sul do Rio, contestam nas redes sociais a notícia que traficantes teriam proibido a entrada de turistas nos dois morros. Segundo eles, a medida - tomada como prevenção ao coronavírus -, de fato existe. Porém, teria partido das próprias associações de moradores e decidida em conjunto com a população local, além de profissionais do setor que residem na região.

"Antes fosse ordem do crime, pois só assim todos iriam respeitar. Temos nossas famílias aqui e estamos preocupados com essa situação. Ainda estamos percebendo a presença de alguns turistas e não tem nada de oficial sendo feito", reclamou William de Oliveira, um dos representantes da Rocinha.

O próprio William já havia publicado esta semana que, caso visse algum turista, iria pedir gentilmente que se retirasse, devido ao risco de contágio. "Nós é que ficamos em alerta, avisando essas pessoas para não expor ainda mais quem mora aqui. É uma notícia falsa. É um crime isso", lamentou.

Já o guia Leandro Paim, que é cadastrado junto à Associação da Rocinha, disse que todos os guias que são da região estão respeitando a recomendação dada pela liderança comunitária. "Estamos todos de acordo com a paralisação das atividades e torcendo para que tudo corra bem", publicou.

Em uma postagem feita na última segunda-feira, a Associação de Moradores do Vidigal fez um pedido aos guias para que evitassem levar os estrangeiros ao morro e frisou a importância da colaboração da população