Sinvejor afirmou sobre as bancas de jornais serem comércio essencial - ARQUIVO
Sinvejor afirmou sobre as bancas de jornais serem comércio essencialARQUIVO
Por Marina Cardoso

Rio - Além do fechamento de lojas, bares e restaurantes, o decreto do prefeito do Rio, Marcelo Crivella, determinava que as bancas de jornais não deveriam abrir a partir do primeiro minuto desta terça-feira, como mais uma medida para conter a propagação do coronavírus. Porém, por pressão do Sindicato dos Vendedores de Jornais e Revistas no Estado do Rio de Janeiro (Sinvejor), os estabelecimentos permanecem com o funcionamento normal.  

De acordo com o presidente do sindicato, Nilson Dantas, as bancas de jornais não haviam sido colocadas como serviços essenciais pelo decreto de Crivella, ao contrário do que dizia o decreto do presidente Jair Bolsonaro. "O prefeito Crivella não permitiu a abertura desses estabelecimentos, mas as bancas fazem parte do comércio essencial, a imprensa é livre e não pode parar de ser veiculada", afirma. 

Na manhã de ontem, Dantas entrou em contato com o prefeito do Rio para que voltasse atrás em relação a garantia de abertura das bancas de jornais no período do fechamento do comércio. "Mostramos a ele a necessidade da abertura e falamos sobre a importância. Ele avaliou e decidiu que os jornaleiros podem continuar trabalhando", disse o presidente do Sinvejor.

Dantas pontua, porém, que acredita que apenas metade das bancas irá funcionar. "Muitos donos de bancas são senhores e estão em isolamento social. Nós negociamos com as empresas para que não viesse nos prejudicar. Se a pessoa não quiser, ela não trabalha por 15 dias e não vai ter retaliação", afirma. 

A jornaleira Carla Garritano, de 47 anos, disse que permanecerá com a sua banca de jornal em Copacabana aberta e viu com bons olhos a decisão do prefeito. "Nós não temos aglomeração em bancas, somos um meio que leva a informação para a casa das pessoas. Com isso, não poderíamos estar fechados neste período. Também é uma forma de entretenimento dom revistas, palavras cruzadas nesse isolamento social", conta ela. 

Carla, ainda, disse que realiza o serviço de delivery. "As pessoas podem entrar em contato com a gente que levamos os jornais e revistas até a sua casa. Estamos tendo um bom retorno, mesmo com a redução de trabalho por conta das ruas mais desertas", conta. 

Já Gilmar da Silva, 60, não abrirá sua banca que fica no Centro do Rio. "Com as pessoas em casa, o Centro ficou sem ninguém. Foi uma questão para zelar pela minha segurança. Mas concordo com a manutenção das bancas abertas", conta. 

 

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