Agentes realizam desinfecção nos trens da SuperVia -  Cleber Mendes
Agentes realizam desinfecção nos trens da SuperVia Cleber Mendes
Por Bernardo Costa
Durante ação das Forças Armadas de desinfecção de trens da SuperVia, na estação Central do Brasil, na tarde desta quinta-feira, o prefeito Marcelo Crivella informou que vai pedir ajuda ao governo federal para o pagamento dos salários dos rodoviários que atuam nos ônibus da cidade do Rio. Segundo Crivella, há 3.500 profissionais parados devido às restrições impostas na cidade para conter a Covid-19.  
"Amanhã, teremos uma reunião com o ministro Paulo Guedes (da Economia). Quem sabe a gente não consiga algum subsídio? Qual é o problema deles hoje (empresários do setor de ônibus)? Temos 5.500 ônibus rodando na cidade. No momento, há 2.000 rodando. Então, há 3.500 motoristas parados em casa. Temos que pagar os salários deles. Combustível não é o problema, porque não roda o ônibus, não é preciso combustível. Mas o motorista, embora não esteja trabalhando, recebe o salário. Quem vai pagar se não tem passageiro? Nós vamos precisar da ajuda do governo federal", disse o prefeito Marcelo Crivella.
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Afastamento social
Crivella reforçou a orientação de afastamento social e fechamento do comércio pelos próximos 15 dias, para conter a transmissão da Covid-19. Segundo o prefeito, após o prazo, a cidade poderá, aos poucos, voltar à normalidade. As lojas de conveniência dos postos de gasolina e de materiais de construção já estão autorizadas a reabrir. 
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"Adotamos a seguinte estratégia de afastamento social. Mantem-se a industria e os serviços. Paramos o comércio, que é o que emprega mais, especialmente o público feminino, o que mais tem contato com os idosos em suas famílias. O comércio precisa parar, pelo menos, por esses próximos 15 dias", disse Crivella.
Agentes realizam desinfecção nos trens da SuperVia - Agência O DIA / Cleber Mendes
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Desinfecção nos transportes
Segundo Crivella, a desinfecção feita por agentes das Forças Armadas nos trens da SuperVia irá acontecer também em outros meios de transporte da cidade:
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"Vão também para os ônibus e nas estações do Metrô, de madrugada, e também no VLT. Fica nosso agradecimento às Forças Armadas por este trabalho impecável que estão fazendo no transporte de massa".
O serviço será feito fora do horário de funcionamento dos meios de transporte, para não prejudicar o público.
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Vai ter ônibus?
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Na quarta-feira, o presidente do Rio Ônibus, o sindicato das empresas, divulgou vídeo ameaçando parar os ônibus da cidade a partir de amanhã, caso não haja apoio do poder público para custear operações diante das medidas de restrição de circulação de pessoas. Questionado hoje de tarde, o Rio Ônibus não respondeu se os veículos vão continuar circulando na cidade.

Já a Secretaria municipal de Transportes (SMTR) informou, em nota, que vai buscar ajuda do governo federal para custear a operação mínima dos sistema de ônibus do Rio, enquanto as medidas de prevenção ao coronavírus continuarem em vigor. Segundo a SMTR, a ação emergencial tem o objetivo de manter os serviço para quem precisa e preservar o emprego de 26 mil rodoviários que atuam na cidade.

Sobre aumento da tarifa, um pleito dos empresários, a secretaria respondeu que não há como conceder qualquer reajuste, e que o assunto tramita na Justiça.

A prefeitura acrescentou que permitiu concessões ao sistema para adequação à nova realidade imposta pelas medidas de contenção da Covid-19, como o fechamento temporário de 27 estações do BRT, interrupção dos serviços nos três corredores, entre 0h e 4h, suspensão das gratuidades para estudantes da rede municipal e limitação de quatro viagens por dia para os idosos.

BRT segue operando

O Consórcio BRT informou que continua operando com a capacidade total da frota, mesmo com redução de 77% da demanda de passageiros.