Em Magé, moradores de alojamentos serão acompanhados por assistentes sociais, equipe de enfermagem, educadores sociais e representantes da Defesa Civil - Divulgação
Em Magé, moradores de alojamentos serão acompanhados por assistentes sociais, equipe de enfermagem, educadores sociais e representantes da Defesa CivilDivulgação
Por O Dia
Com mais de 2 mil casos de covid-19 confirmados no Brasil, a população em situação de rua se enquadra em um dos grupos mais vulneráveis à doença. Sem o isolamento social e sem acesso à água e álcool para se prevenir, os riscos aumentam ainda mais. Para proteger essas pessoas, as prefeituras da Baixada Fluminense tomaram algumas medidas.

Em Queimados, está sendo feita uma força-tarefa para reintegrar essas pessoas às suas casas. Até agora, sete moradores de rua retornaram aos seus lares e cinco receberam consultas médicas e acompanhamento social. Para aqueles que não têm para onde ir, a prefeitura está disponibilizando abrigo temporário no próprio município.

"Estamos nas ruas tentando conscientizar as pessoas em situação de rua a voltar para suas casas e abrigar aqueles que não têm moradia", disse o secretário de Assistência Social, Elton Teixeira.

"Esse é o momento de prevenção contra o coronavírus. Todos devem se manter em casa. Está na hora de todos cuidarem um dos outros e não exporem pessoas do grupo de risco", afirmou o secretário de Saúde de Queimados, Osiris Melo.
A Prefeitura de Magé montou um alojamento para os moradores em situação de rua. Cerca de 37 pessoas estão em isolamento e protegidos contra a pandemia do novo coronavírus. O alojamento foi montado na Escola Municipal Professora Geralda Izaura Ferreira Telles, no bairro Parque Santana.

Os moradores levados para o alojamento estão recebendo vacinação, material de higiene, água, colchão, cobertor, travesseiro, refeições diárias e acompanhamento por assistentes sociais, equipe de enfermagem, educadores sociais e representantes da Defesa Civil.
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"Começamos os serviços de acolhimento aos moradores de rua, então criamos um alojamento com todas as condições necessárias junto as Secretarias de Saúde e Defesa Civil, dentro das determinações da Secretaria de Estado de Saúde. É importante frisar para a comunidade que todas as pessoas que serão acolhidas aqui, estarão em isolamento, e o decreto nos permite que eles estejam aqui compulsoriamente e isolados. Então, não poderão voltar para o convívio das ruas", explicou a secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, Álison Brandão.
"Quando se fala em pandemia, essas pessoas são muito vulneráveis porque elas estão nas ruas sem nenhum tipo de abrigo, e hoje nós estamos tentando fazer com que essas pessoas tenham acesso aos serviços de saúde, tirando elas dessa situação de vulnerabilidade", explicou Rodrigo Sagrillo, coordenador do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP).

Para conseguir ficar no abrigo, quem vive nas ruas do 6º distrito terá que passar antes pelo Centro POP (Rua Mário de Brito 119, em Piabetá) para um atendimento prévio e triagem.  Já as pessoas localizadas no primeiro distrito terão que procurar o CREAS (Rua Teotônio Botelho do Rego 29, Centro).

"A equipe realizará uma intervenção antes de levar para o alojamento, porque às vezes a pessoa tem família ou está passando por algum conflito. Fazemos todo atendimento e encaminharmos para o alojamento, se houver necessidade", finalizou Mônica Oliveira, coordenadora da Proteção Social Especial de Magé.
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Prevenção e higienização

A Secretaria de Assistência Social (SEMAS) da Prefeitura de Nova Iguaçu tem feito o atendimento à população em situação de rua na Vila Olímpica da cidade. Diariamente, cerca de 200 pessoas são atendidas pelo serviço.

"Todas essas medidas e esforços estão sendo realizados numa tentativa de retardar a propagação do vírus, sem deixar de atender a população em situação de rua", afirmou a superintendente da Proteção Social Especial, Samantha Nazareth.
A Prefeitura de Duque de Caxias informou que através do programa "Equipe de Consultório na Rua" tem realizado ações junto aos moradores em situação de rua. Os profissionais têm tirado dúvidas, orientado sobre as formas de prevenção e distribuído kits de higiene para a assepsia das mãos.