Prefeito realiza coletiva online para mapear novas orientações sobre a crise do coronavírus no Rio  - Reprodução internet
Prefeito realiza coletiva online para mapear novas orientações sobre a crise do coronavírus no Rio Reprodução internet
Por Marina Cardoso
Rio - O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, disse, na manhã deste domingo, que não vê razão para a paralisação total de todos os segmentos de trabalho e população no Rio, chamada de ‘lockdown’. Em coletiva realizada online, Crivella falou da necessidade apenas da manutenção de trabalho dos setores de serviços e das indústrias. Também na transmissão, o prefeito disse que o presidente Jair Bolsonaro deve vir na próxima sexta-feira ao Rio, mas não afirmou se é para acompanhar a crise do novo coronavírus (Covid-19). 
"Não há nenhuma indicação de fazer 'lockdown' ou 'shutdown' até agora. Mas estamos nos preparando para a pior hipótese. O hospital de Acari aumentará leitos de UTI e mais os leitos do Riocentro. Mas é muito importante que os trabalhadores das indústrias e prestadores de serviços estejam na rua e permaneçam atuando em seus postos", afirma Crivella. 
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Ainda segundo o prefeito, se houver paralisação de todos os segmentos e de toda a população neste momento, os casos poderiam ser maiores no invento. "Daqui a pouco liberaria todo mundo e a curva de infectados no inverno, no momento pior das estações do ano, onde já temos uma série de problemas de saúde, com vírus já existentes", diz ele. 
Ainda durante a transmissão, Crivella disse que poderá mostrar de perto para o presidente Bolsonaro o enfrentamento da crise do coronavírus na capital carioca. A ideia é que o presidente conheça o hospital de campanha montado no Riocentro, onde está instalado o gabinete de crise contra a disseminação da Covid-19. "Irei conversar sobre a necessidade de liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para a população mais afetada financeiramente por conta da crise", disse.
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Na coletiva, Crivella fez um pedido para que a população idosa permaneça em casa ou se encaminhem para os hotéis disponibilizados pela prefeitura para que fiquem seguros durante a pandemia do novo coronavírus. "Nossa principal preocupação é com os idosos. Faço um apelo sobretudo aos que moram nas comunidades da Zona Sul, onde temos os maiores casos de infecção. Tem wifi, o quarto é bem confortável, vai ter alimentação", diz o prefeito. 
O prefeito ainda defendeu que os jovens, principalmente os homens, que trabalham nos setores que não pararam continuem exercendo sua função. "A única maneira de ficarem imunes é de se contaminar, o que leva 14 dias para ficar imune. Se tiverem que pegar a doença vão pegar e a vida continua. Mas dessa forma ficarão imunes. Fazemos apelo para que homens devem continuar trabalhando. Já as mulheres, nós temos uma maior restrição e pedimos para que fiquem em casa. O contato delas é muito maior com os idosos”, disse.
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Volta escalonada
Durante a coletiva, o prefeito defendeu novamente a volta escalonada das crianças para as escolas. Ele acredita que as crianças de 0 a 9 anos devem retornar antes, mas no caso daquelas que não convivam com parentes idosos e do grupo risco na mesma residência. 
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Sobre a data do retorno, ele disse dependerá do que o grupo de especialistas disser. Porém, na semana passada, Crivella afirmou que o prazo de reabertura será no dia 12 de abril.
Além disso, ele disse que os ônibus da Liberdade, usados normalmente para a educação, serão utilizados para o transporte de trabalhadores da Saúde e Assistência Social, incluindo a Guarda Municipal, vindos de Niterói e Baixada Fluminense para três pontos da capital carioca: Alvorada, Central do Brasil e Madureira. Os profissionais devem reportar a necessidade aos chefes competentes. 
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