Publicado 09/03/2020 08:57 | Atualizado 09/03/2020 16:12
Rio - Policiais civis da Delegacia de Repressão Às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) prenderam, na manhã desta segunda-feira, o miliciano Reginaldo Martins do Nascimento, conhecido como Naldo da Carobinha, de 51 anos. Ele é apontado como o líder da milicia que age na comunidade da Carobinha, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Ele foi capturado em Santa Cruz, também na Zona Oeste.
De acordo com o delegado Gabriel Ferrando, titular da Draco, Naldo da Carobinha se aliou à milícia comandada por Wellington da Silva Braga, o Ecko. A milícia de Ecko é chamada de Liga da Justiça e age em Santa Cruz, Campo Grande e Paciência, além de Itaguaí e municípios da Baixada Fluminense. A união de Naldo com Ecko foi para aumentar o domínio da quadrilha, em busca de enriquecimento ilícito.
Ainda segundo Ferrando, a milícia da Carobinha é uma das mais antigas do estado. Antes de assumir a região, Naldo disputava o território com Carlos Alexandre da Silva Braga, o Carlinhos três Pontes, morto em abril de 2017 em confronto com a polícia. Carlinhos era irmão de Ecko.
Naldo chegou a fazer parte da facção Amigos dos Amigos (ADA), quando a Carobinha era controlada pelo tráfico de drogas e estava sob o domínio de Paulo Cesar Martins, o PC da Carobinha, que foi preso em novembro de 2012.
Ao se aliar à Liga da Justiça, Naldo começou exercendo funções de extorsão de motoristas de veículos de transporte alternativo de passageiros e de retaliações (inclusive homicídios) contra rivais. Ele chegou a se desentender com o grupo, mas retornou ao comando da região após a morte de Carlinhos Três Pontes.
CRIMES
Contra Naldo havia dois mandados de prisão preventiva em aberto, pelos crimes de homicídio qualificado e organização criminosa.
De acordo com as investigações da polícia, o homicídio pelo qual Naldo responde foi contra um homem que era usuário de drogas e suspeito de cometer roubos e furtos na Carobinha. O homem foi assassinado na frente de moradores. O miliciano é apontado como o mandante do crime, que foi cometido por dois de seus comparsas, João Paulo Castro Pereira e Pedro Paulo Castro Pereira.
No dia do crime, a vítima estava na rua quando foi abordada por João Paulo e Pedro Paulo, que estavam em um carro prata. Eles ordenaram que o rapaz virasse de costas, quando atiraram contra ele. Eles pediram para os moradores se preocuparem, pois a vítima era ladrão e não roubaria mais ninguém.
O Disque Denúncia oferecia uma recompensa de R$ 1 mil para quem desse informações que levassem à prisão do miliciano.
"As investigações continuarão, com o propósito de prender todos os integrantes das organizações criminosas que atuam na zona oeste do Rio", reforça o titular da Draco.
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