Ministério da Saúde ensina passa a passo para confeccionar máscara caseira - divulgação
Ministério da Saúde ensina passa a passo para confeccionar máscara caseiradivulgação
Por Anderson Justino

A solidariedade tem sido uma das principais armas para combater a propagação da Covid-19. Instituições de ensino, por exemplo, buscam soluções para ajudar profissionais que atuam nas áreas de saúde e segurança, e também moradores de regiões carentes. Ontem, o Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) entregou mais de 300 litros de álcool em gel e líquido para a Polícia Militar e as associações de moradores do Conjunto habitacional Dom Jaime Câmara, em Padre Miguel, e Favela da Lagartixa, em Costa Barros. O produto deve beneficiar cerca de 35 mil pessoas.

"Todos os campi do IFRJ foram mobilizados para produzirem álcool. Os insumos são doados por empresas parceiras e também pelo o Instituto Nacional de Tecnologia. A gente faz a nossa parte para ajudar. É importante que as instituições se mobilizem", destaca o reitor do IFRJ, Rafael Almada.

Atualmente, o álcool 70% é produzido pelas unidades do Rio, Niterói, Duque de Caxias, Arraial do Cabo e Paracambi. A produção é feita por professores, alunos e ex-alunos. Na primeira remessa foram 460 litros, divididos em álcool glicerinado, que é usado como hidratante, e álcool líquido para limpeza de superfícies.

Peterson Bezerra, representante do Conjunto Habitacional Dom Jaime Câmara, diz que o material será distribuído aos moradores na próxima segunda-feira. "Esse trabalho é muito importante para ajudar não só as comunidades carentes, mas também setores que estão na linha de frente para combater a pandemia", agradece. 

Produção de máscaras 3D

O Centro Universitário Augusto Motta (Unisuam) tem um grupo de pesquisadores e colaboradores engajado na produção de máscaras. Com cerca de 200 pessoas, o projeto, até o último dia 31, já entregou mais de 850 unidades em hospitais do Rio. "Temos três impressoras 3D trabalhando no processo de criação das peças para a montagem das máscaras", conta o professor Carlos Henriques.

Escolas de samba combatem o vírus
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Passado o Carnaval, as escolas de samba do Rio não tiveram férias. Muito pelo contrário. Campeã de 2020, a Unidos do Viradouro atualmente conta com as costureiras da agremiação para a confecção de máscaras de tecidos.
Outras escolas de samba têm realizado campanhas de doações. A frente de apoio é para ajudar integrantes das agremiações e moradores das comunidades durante o período de isolamento social.
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Mangueira, Salgueiro, Império da Tijuca, Lins Imperial, Paraíso do Tuiuti e Estácio de Sá estão com postos de doações de alimentos, material de limpeza e itens de higiene pessoal.
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Proteção caseira é uma opção
A confecção de máscaras caseiras tem se tornado um fenômeno mundial. Afinal, qualquer pessoa pode fazer a sua própria proteção. Na última quinta-feira, o Ministério da Saúde divulgou um passo a passo de como produzir máscaras de pano. O uso, por sinal, é defendido pelo ministro Luiz Henrique Mandetta.
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"Além de eficiente, é um equipamento simples, que não exige grande complexidade na sua produção e pode ser um grande aliado no combate à propagação do coronavírus, protegendo você e outras pessoas ao seu redor", disse Mandetta.
No site do próprio Ministério da Saúde há orientações de como fazer máscaras com os materiais encontrados dentro de casa. É possível usar qualquer pedaço de tecido, como aquela camisa velha, calça antiga, cueca ou cortina. Mas é preciso destacar que a proteção é individual e não pode ser dividida com ninguém.
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O site informa ainda que a máscara deve ser usada por cerca de duas horas somente. Depois desse tempo, é preciso trocar. Ou seja, o ideal é que cada pessoa tenha pelo menos duas máscaras de pano.
Como a máscara serve de barreira física ao vírus, é preciso que ela tenha pelo menos duas camadas de pano. Também é importante ter elásticos ou tiras para amarrar acima das orelhas e abaixo da nuca. Assim, o tecido sempre protegenrá a boca e o nariz.
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Outra recomendação é usar a máscara sempre que precisar sair de casa. Se for ficar mais de duas horas na rua, leve outra de reserva para poder trocar. Ao chegar em casa, lave as máscaras usadas com água sanitária e deixe de molho por cerca de dez minutos.
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