Para moradores do Rio de Janeiro, o mês de março trouxe mais que apenas as chuvas que anunciam o fim do verão. No dia 5, a Secretaria de Estado de Saúde confirmou o primeiro caso da covid-19 no estado, uma moradora de Barra Mansa que visitou a Itália no final de fevereiro. Desde então, a crescente de casos fez com que fluminenses trocassem o sol escaldante pela proteção dentro de casa com o isolamento social, medida do governador Wilson Witzel implementada em 16 de março. Agora, um mês depois do começo da pandemia no Rio, o cenário continua preocupante.
O cumprimento do isolamento social por boa parte dos cariocas reflete o temor pelo aumento do contágio na cidade. O balanço de ontem da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) apontou um salto de 807 para 867 casos confirmados no Rio de Janeiro e subiu para 36 o número de vítimas da covid-19. De acordo com dados da SMS, foram notificados, em média, 32 novos casos por dia desde o começo da crise, e 2 novas mortes por dia desde a notificação da primeira fatalidade, em 19 de março. No resto do estado, a doença também avança. Levantamento da Secretaria Estadial de Saúde de quinta-feira aponta que, além do Rio, outros 29 municípios foram afetados, e nove cidades notificaram vítimas da doença.
Desde o começo da pandemia no estado, medidas restritivas importantes para evitar o aumento da proliferação do vírus foram tomadas pelos governos municipal e federal, como a adoção do isolamento social, fechamento de estabelecimento não-essenciais e suspensão de aulas.
O futuro da pandemia
No Rio, o futuro também preocupa. Análise do Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde (NOIS) aponta que a projeção mais provável para o Rio de Janeiro aponta que, até 20 de abril, o estado deve contabilizar 5.140 casos confirmados, devido à adoção de medidas de mitigação imediatas. Segundo levantamento do Ministério da Saúde divulgado ontem, o Rio tem 1.074 casos, valor que o núcleo avalia se enquadrar no melhor cenário projeto, que estima 3.156 casos confirmados no estado na mesma data.
