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O prefeito Marcelo Crivella afirmou ontem que avalia pedir à Justiça uma quarentena compulsória para pessoas a partir de 60 anos, moradoras de comunidades, e para idosos na faixa dos 80 anos e residentes em Copacabana. A ideia é que eles sejam levados para os hotéis já disponibilizados pela prefeitura e, assim, haja menor risco de contaminação ao principal grupo de risco do novo coronavírus.

Segundo Crivella, a medida seria tomada apenas depois de uma nova tentativa de levar essas pessoas voluntariamente aos hotéis. A prefeitura disponibilizou mil quartos de hospedagem quatro estrelas. Porém, por enquanto, apenas 40 vagas foram preenchidas. "Vamos fazer um novo apelo. Uma agente da Guarda Municipal ou da Polícia Militar vai bater na porta desses idosos com todos os dados para, digamos assim, constrangê-las a nos acompanharem até os hotéis em nome da saúde pública. Não havendo aceitação, aí vamos ter que apelar realmente para a ordem judicial", explicou o prefeito.

Uma reunião foi realizada ontem entre a Secretaria Municipal de Saúde e os médicos das Clínicas da Família de Copacabana e da comunidade da Rocinha. O objetivo foi estabelecer os casos importantes de idosos que precisam ser levados aos hotéis em meio à pandemia.

A ação deve começar nessas duas áreas de grande preocupação das autoridades municipais. A Rocinha, devido ao índice elevado de tuberculose, e Copacabana, por ser o bairro com mais idosos na cidade, grupo sob maior risco da Covid-19.

O prefeito destacou ainda que preocupa o fato de alguns bairros estarem "relaxando" quanto à quarentena. "O melhor bairro era a Tijuca, que chegamos a ter 99% de diminuição de pessoas nas ruas. Hoje, estou com 78%", disse Crivella. Ele acrescentou ainda que medidas mais drásticas contra aglomerações podem ser tomadas.

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