Medidas como o isolamento social, fechamento de comércio e serviços não essenciais e restrição de circulação estão deixando as ruas vazias para evitar a propagação do novo coronavírus. - kelly Duque
Medidas como o isolamento social, fechamento de comércio e serviços não essenciais e restrição de circulação estão deixando as ruas vazias para evitar a propagação do novo coronavírus.kelly Duque
Por Luana Dandara

O governador Wilson Witzel prorrogou, ontem, as medidas restritivas de circulação no estado do Rio para até o dia 30 deste mês, em virtude da pandemia do novo coronavírus. Só poderão funcionar os serviços essenciais, como supermercados e farmácias. A população continua proibida de frequentar as praias. Na capital, onde está concentrado o maior número de casos de Covid-19, o prefeito Marcelo Crivella destacou que é indeterminado o prazo para o distanciamento social terminar.

"Não temos previsão para relaxar as medidas. Fiz uma reunião com nosso comitê científico e vamos aprimorar a questão da lotação no transporte público e os horários para indústria, serviços e comércio funcionarem", disse Crivella. Segundo ele, os testes realizados no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, referência no tratamento de pacientes com coronavírus, apontaram que apenas cinco profissionais da Saúde na unidade foram infectados pela doença; já 40% dos internados no hospital deram negativo à suspeita de Covid-19.

Em relação ao decreto de calamidade pública, publicado na semana passada, Crivella afirmou que já foi sancionado pela Presidência da República e espera que seja aprovado hoje em votação na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj). "Vai nos dar a possibilidade de tomar medidas administrativas e fazer investimentos de forma mais rápida", explicou o prefeito.

Crivella afirmou, ainda, que a curva de contaminação pode começar a cair já no fim deste mês. "Em abril, já vamos ver os números caindo, vamos poder retomar a atividade econômica e uma grande parcela da população já estará imunizada, enquanto estão produzindo terapias e vacinas". Entretanto, de acordo com o prefeito, os primeiros casos de coronavírus podem ter começado antes mesmo do Carnaval. "Alguns matemáticos acham que tivemos contato com o vírus antes do Carnaval e esses casos já vinham incubados antes das notificações. Houve uma divergência sobre isso, mas a expectativa é que já nas próximas semanas caia o número de internações", detalhou ele.

Por fim, o prefeito comentou que avalia o uso da cloroquina no tratamento de pacientes com a Covid-19. O medicamento é insistentemente recomendado pelo presidente Jair Bolsonaro, aliado de Crivella: "Como não há uma posição oficial, o uso é avaliado para cada caso, inclusive na rede pública municipal. Mas vamos estudar esse protocolo. Sei que diversos hospitais estão adotando essa terapia", disse.

 

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