Camelôs na Praça da República, no Centro - Ricardo Cassiano / Agência O Dia
Camelôs na Praça da República, no CentroRicardo Cassiano / Agência O Dia
Por O Dia
Rio - O Movimento Unido dos Camelôs (MUCA) protocolou, nesta segunda-feira, uma denúncia junto ao Ministério Público contra a Prefeitura do Rio de Janeiro, que relata que diante da pandemia da covid-19 está agindo com descaso na distribuição das cestas básicas ou renda emergencial para suprir a necessidade alimentar dos trabalhadores informais.
Além da agilidade na distribuição da ajuda, o MUCA propõe que o número de beneficiários seja mais amplo e considere não só os camelôs autorizados, mas inclua também os ambulantes auxiliares e os cadastrados em espera de autorização que já trabalham nas ruas da cidade. O documento solicita ainda o aumento dos postos de distribuição e sugere soluções mais ágeis, como a entrega de vales compras como foi feito para os alunos da rede municipal.
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A coordenadora do MUCA, Maria dos Camelôs lembra que a Prefeitura após anunciar que iria adquirir 20 mil cestas básicas para distribuição para setores da sociedade mais prejudicados por conta do impacto econômico do Coronavírus, como taxistas, ambulantes legais e autônomos, só fez a primeira entrega de cestas básicas no dia 27 de março, exclusivamente para ambulantes com deficiência física.
"É urgente e necessário dar suporte aos mais vulneráveis para que o isolamento social possa ser efetivo. Apelamos ao Poder Judiciário para que essa ação seja feita de forma célere. Estamos pleiteando também que as 20 mil cestas básicas sejam ampliadas para 50 mil, como forma de atender ao um número real de ambulantes", explica Maria. 
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Em nota, o Ministério Público do Rio informou que "a denúncia foi protocolada nesta segunda e será encaminhada à promotoria com atribuição, só então o promotor terá conhecimento e avaliará as possíveis medidas cabíveis".
Já a prefeitura disse que não vem agindo com descaso na distribuição de cestas básicas para a categoria de ambulantes legais cadastrados, e que, além disso, a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos fez um cronograma de distribuição visando atender cerca de 13 mil ambulantes que constam em cadastrado ativo da prefeitura.