Nelson Teich -  Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Nelson Teich Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Por

Perto de alcançar o pico de contaminações pelo coronavírus projetado por especialistas, 79% dos brasileiros concordam com algum tipo de punição para quem furar a quarentena durante a pandemia. Desse total, quase a metade (43%) acredita que a advertência verbal é a melhor punição e apenas 3% acham que a pessoa poderia ser presa.

Os números são de uma pesquisa feita com 1.606 pessoas pelo Datafolha, na última sexta-feira. Além dos entrevistados que defendiam a advertência verbal, 33% desse total aprovariam a aplicação de multas às pessoas que não respeitassem a quarentena.

Entre os mais jovens, de 16 a 24 anos, e assalariados de carteira assinada, a pena mais escolhida foi a cobrança de multa. No caso das advertências verbais, o recorte apontou que os que mais aprovam são os mais ricos, com renda de 5 a 10 salários mínimos.

A pesquisa foi revelada ao mesmo tempo que cidades pelo país voltam a apresentar menores índices de adesão ao isolamento social. Segundo o levantamento, parte desse aumento pode estar associado ao maior número de pessoas que voltaram a sair para poder trabalhar. O índice aponta alta de 24% para 26%, em relação ao levantamento anterior feito de 1º a 3 de abril.

Outro panorama indicado pelo estudo do Datafolha mostra que o brasileiro está mais preocupado com o novo vírus. Enquanto a primeira amostragem, feita entre 18 e 20 de março, mostrava 44%. O número saltou duas vezes para cima nas últimas pesquisas, chegando a 49% na mais atual.

Medidas adotadas

Para possibilitar o achatamento da curva de infectados pelo novo vírus, o que evitará um colapso do sistema de saúde no país, municípios vêm incluindo novas regras para quem precisa circular nas ruas. No Rio, quem for pego sem máscara na rua a partir da próxima quinta-feira poderá ser multado. A recomendação também virou decreto em São Paulo, cidade que anota o maior número de infectados e mortos pelo novo coronavírus.

Segundo dados atualizados pelo Ministério da Saúde, o país já tem 38.654 infectados e está perto de ultrapassar a barreira das 2,5 mil mortes em decorrência de complicações causadas pela covid-19.

Você pode gostar
Comentários