Por

"É uma situação complicada, né? A gente só acredita quando acontece com alguém próximo. Eu tô aí de exemplo. Então, o bagulho é sério". Essa foi uma das últimas mensagens que o sargento Diógenes Moreno, de 43 anos, enviou para amigos, ao ser internado no Hospital Central da Polícia Militar. Ele apresentava sintomas do novo coronavírus e faleceu ontem. Diógenes, lotado no 14° Batalhão (Bangu), não foi a única vítima da corporação. Também ontem, o tenente Sérgio Accioli de Souza Magalhães, de 58 anos, faleceu no mesmo hospital, com suspeita de covid-19. Ele era lotado no 17° Batalhão (Ilha do Governador).

Os dois PMs fizeram o exame para detectar o novo coronavírus, mas os resultados ainda não saíram. Diógenes estava na corporação desde 1999 e deixa mulher e duas filhas. Sérgio, por sua vez, era da reserva e ingressou na PM em 1984. Nas redes sociais, parentes e colegas de profissão lamentaram: "Perdemos mais um irmão para esse inimigo invisível. Descanse em paz, meu irmão de farda", escreveu um agente.

Na segunda-feira, a Polícia Militar já havia confirmado a primeira morte por covid-19 na corporação. A sargento Carla Nascimento, de 46 anos, trabalhava como técnica de enfermagem. Ela morreu com problemas respiratórios. A doença só foi confirmada após dois testes serem realizados.

Em nota, a corporação informou que adaptou um andar do Hospital Central da Polícia Militar para pacientes infectados com covid-19. "O tratamento é determinado exclusivamente pelo corpo médico e uma equipe atua em conjunto", diz o posicionamento.

Você pode gostar
Comentários