População ignorou a quarentena e encheu o calçadão da praia de Copacabana, na Zona SulDaniel Castelo Branco
Por Lucas Cardoso
Publicado 05/04/2020 00:00

Já se passaram mais de 20 dias desde que foi decretada quarentena geral no estado do Rio, mas algumas pessoas ainda insistem em manter suas rotinas como se nada estivesse acontecendo. O Dia circulou, durante a manhã e tarde de ontem, pelas Zonas Norte, Oeste e Central da capital, além de Niterói e São Gonçalo, na Região Metropolitana, e presenciou grande fluxo de pessoas nas ruas.

Na Zona Sul, a movimentação estava acima do visto em outros dias. Na orla de Copacabana, por exemplo, um número grande de pessoas praticava esportes na ciclovia. A cena se repetiu no Leblon, onde o calçadão e o mirante tinham movimento igual ao visto em finais de semana pré-pandemia.

A atitude que contraria o pedido de autoridades para que a população mantenha o isolamento social se repetiu do outro lado da cidade, na Zona Norte.

Dividida entre pedestres e vendedores ambulantes, a calçada da Rua Teixeira de Castro, em Bonsucesso, ficou movimentada para um dia de quarentena. Sentado na porta de um supermercado, um desses camelôs, o idoso José Bandeira, conhecido na região como Zé da Bandeira, de 97 anos, embora seja do grupo de risco, se arriscava para vender suas balas. Para o idoso, o isolamento social é um exagero.

"Morreu dez, morreu cem, já pensam que acabou o mundo? Eu nunca vi uma coisa dessas. Não adianta. Se fica em casa, morre. Se vai para a rua, morre. Escolho ficar na rua", brinca o ambulante.

Quem passava pela Rua São Luiz Gonzaga, em São Cristóvão, também parecia não acreditar muito nos riscos associados à circulação por locais com aglomeração de pessoas.

Procurada sobre a fiscalização das praias e áreas de lazer na cidade, a Polícia Militar informou que segue patrulhando esses locais e pedindo a colaboração da população.

Você pode gostar

Comentários

Publicidade

Últimas notícias