Paes reclamou de atendimento Armando Paiva
Por O Dia
Publicado 21/04/2020 13:09
Rio - A 18ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio condenou o Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (SindMed/RJ) a pagar R$ 20 mil por danos morais ao ex-prefeito do Rio, Eduardo Paes. A condenação é pelo episódio ocorrido em março de 2016, quando Paes, então prefeito, levou seu filho na emergência do Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, e reclamou do atendimento. O Sindicato disse à época que ele teria cometido crime de assédio moral, mas testemunhas confirmaram que ele não desrespeitou ou usou o cargo para se beneficiar.
No dia 13 de março de 2016, o filho de Eduardo Paes, à época com 11 anos, sofreu um acidente durante uma partida de hóquei e foi levado à emergência do Lourenço Jorge, na Barra. Paes criticou a atitude da médica de plantão, que exigiu o preenchimento de uma ficha cadastral para prosseguir com o atendimento. "Em razão da indiferença da médica plantonista, foi enfático com a mesma no sentido de que deveria ter uma postura de maior atenção para com os pacientes, pois uma questão burocrática não poderia impedir o prosseguimento do atendimento de emergência", diz a sentença da juíza Mabel Christina Castrioto Meira de Vasconcellos, publicada em março.
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No dia seguinte ao acidente, segundo relato de Paes, o representante do Sindicato dos Médicos do Rio, Jorge Darze, atualmente subsecretário de Saúde do município, foi à imprensa para criticar a postura do ex-prefeito, que teria cometido crime de assédio moral com a médica de plantão e teria furado a fila de pacientes. No entanto, três testemunhas, uma recepcionista e outros dois homens que estavam na emergência na ocasião, disseram não existir fila no momento. Eles afirmam também que Paes "não foi autoritário ou grosseiro na ocasião" e que "não houve excesso na sua conduta". 
As testemunhas, segundo a sentença, "viram o atendimento feito pela médica ao filho do autor (Paes), que somente ocorreu após conversa deste com a médica responsável, ressaltando que inexistia motivo para a demora no atendimento".