Marcos Ribeiro, de 60 anos, revela estar passando por um momento difícil com o trabalho suspensoDivulgação
Por Letícia Moura*
Publicado 23/04/2020 06:00

O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), anunciou ontem a prorrogação do isolamento social até o dia 30 de abril. Além disso, a partir de hoje, só poderão entrar no na cidade pessoas que trabalham em serviços essenciais. Neves também anunciou que será aberta uma janela para funcionamento de atividades específicas até o dia 30. Poderão funcionar serviços médicos e odontológicos, fisioterapia, terapia, óticas, lojas de material hospitalar, atividades relacionadas à manutenção de eletrodomésticos e eletromecânicos, comércio de conserto de bicicletas e bancas de jornal.

De acordo com a Prefeitura, esses estabelecimentos deverão determinar providências para que não exista aglomeração em seus espaços, exigir o uso de máscaras e disponibilizar álcool em gel. Para entrar na cidade, os trabalhadores dos serviços essenciais precisarão apresentar crachá, contracheque ou carteira de trabalho com o endereço do empregador em Niterói.

Reabertura de bancas de jornal
Em meio a pandemia e na era da fake news, a informação verídica pode combater a propagação de falácias sobre o coronavírus. O presidente da Associação dos Proprietários de Bancas de Jornal e Revistas de Niterói e São Gonçalo (Aproban), Antonio Ciambarella, reforça a importância da reabertura das bancas no município. "Há a necessidade dos jornais circularem na cidade para deixar a população ciente do que está acontecendo".

Segundo Ciambarella, os jornaleiros estão providenciando correntes para restringir a entrada de clientes no local, além de oferecer álcool em gel.

Ainda conforme o Ciambarella, para intermediar com a prefeitura a reabertura das bancas, a diretoria da associação entrou em contato com os vereadores Beto da Pipa (MDB) e Luiz Carlos Gallo (PSL) e o secretário municipal de Planejamento, Axel Grael. "A Aproban, por parte de sua diretoria, agradece os vereadores e o secretário pelo empenho".

Há 20 anos como jornaleiro, Marcos Ribeiro, de 60 anos, revela estar passando por um momento difícil com o trabalho suspenso. "A banca está fechada há mais de um mês, não posso trabalhar e não posso ganhar dinheiro. Já vínhamos de um período difícil porque no fim do ano faturo menos com as férias das crianças", explica ele que tem uma banca em frente à uma escola, em Icaraí.

*Estagiária sob supervisão de Martha Imenes

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