Motoqueiros e ciclistas de aplicativos de delivery em Niterói reclamam das condições de trabalho
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Motoqueiros e ciclistas de aplicativos de delivery em Niterói reclamam das condições de trabalho Divulgação/Rappi
Por Anderson Justino

O serviço de delivery está ameaçado de parar em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Cerca de 200 profissionais do setor, que trabalham na cidade, devem se reunir por volta das 9h de hoje, em frente à estação das barcas, na Praça Araribóia, para um protesto. Eles acusam empresas de entrega por aplicativos, como James, Rappi, ifood, Uber Eats e Loggi, de reduzirem a taxa repassada a eles nas entregas durante o período da pandemia da covid-19.

"A gente vai parar porque as condições de trabalho não são iguais a de cidades como Rio e São Paulo. Eles reduziram os valores e não nos informaram nada. Estamos na linha de frente nessa crise e não somos valorizados. Nos arriscamos todos os dias para auxiliar as pessoas. Somos essenciais", reclama o entregador Rafael Simões, de 37 anos.

Dados da Câmara de Lojistas de Niterói (CDL) apontam que o serviço delivery teve um aumento de 90% de entregas na cidade desde o início da pandemia, se comparado ao mesmo período do ano passado. Segundo o órgão, o serviço responde por 20% do faturamento total das empresas em Niterói. 

"As pessoas falam que a gente está exposto nas ruas. Hoje, dependo 100% desse trabalho, não tenho outra forma para sobreviver. A cada cinco entregas que a gente faz, são ao menos cinco pessoas fora das ruas", explica Rafael Simões, que trabalha há quase 20 anos como motoboy.

EMPRESAS NÃO RESPONDEM

O DIA tentou contato com o Sindicato dos Empregados Motociclistas do Rio de Janeiro (Sindmotos), que representa os motoboys, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição. As empresas James, Rappi, Ifood, Uber Eats e Loggi também não responderam aos questionamentos da reportagem.  

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