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Após circular por Bangu, a reportagem de O DIA também esteve em outros bairros da cidade com registros de aglomeração. Em Realengo e Santa Cruz, na Zone Oeste, parte do comércio não essencial ignorava o decreto que proíbe o funcionamento e permanecia aberto.

Na Zona Norte, a Rua Teixeira de Castro, em Bonsucesso, muita movimentação também nos entornos das agências bancárias, principalmente na Caixa, onde a maioria aguardava o recebimento do auxílio emergencial. No Calçadão da Penha a cena se repetia. Lojas de roupas com portas abertas e mostruário exposto na calçada e pessoas desrespeitando a distância mínima de 1,5 metro para a outra.

Para a pesquisadora em Saúde do CESS/UFRj, Chrystina Barros, os bloqueios parciais, aqueles feitos apenas em áreas de grandes circulação, não vão resolver. Ainda segundo ela, o Rio e o Brasil, assim como outros países que enfrentam a covid-19, não terão suprimentos, leitos e profissionais para atender à demanda se ela vier toda de uma vez.

"O lockdown significa poupar as vidas das pessoas que vão ficar doentes, mas que morrerão por não ter a assistência adequada. Algumas dessas pessoas, talvez, se conseguissem acesso a um leito de UTI poderiam ter suas vidas salvas, mas elas não chegarão até lá", explica Chrystina Barros.

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