As medidas de restrição de circulação da Prefeitura do Rio, que bloqueou a passagem de pedestres e carros em vários bairros, não impediu que as pessoas fossem às ruas, ontem. Em Madureira, o bloqueio, exceto de moradores e funcionários de serviços de entrega, aconteceu na Av. Edgar Romero. Mas reportagem de O DIA flagrou engarrafamento e aglomeração na Rua Conselheiro Galvão, um dos acessos ao Mercadão de Madureira, que funcionava apenas com uma porta aberta. Além do Mercadão, somente o comércio essencial estava aberto. Os ônibus do BRT passavam pela estação do bairro lotados.
Também na Zona Norte, no Lago do Verdun, no Grajaú, o comércio não essencial estava fechado, e lanchonetes e padarias funcionavam em sistema delivery. Mas nas lotéricas ainda havia filas. Com o bloqueio na Rua Felipe Cardoso, em Santa Cruz, na Zona Oeste, e os comércios não essenciais fechados, pontos de aglomeração aconteceram próximos aos bancos. Para o motorista de aplicativo André Couto, a medida deveria ter sido adotada no início da pandemia.
"Estou há dois meses sem trabalhar e não sei por quanto tempo isso vai se estender. Se essa medida tivesse sido tomada antes, já estaríamos fora da curva de contaminação. Já era para ter esse bloqueio no início da pandemia", desabafou.
Já o aposentado Cláudio Frásio, 52, acredita que se a população fizesse sua parte, a prefeitura não faria bloqueios. "As pessoas precisam entender que a gente só deve sair para o essencial". Durante a tarde, foi a vez de Cascadura receber o bloqueio. A partir de hoje, haverá restrições em: Freguesia, Taquara, Realengo, Méier, Pavuna, Tijuca e Guaratiba.