Edmar Santos - Cléber Mendes/ Agência O Dia
Edmar SantosCléber Mendes/ Agência O Dia
Por Marina Cardoso
Rio - Após a prisão do ex-subsecretário Gabriell Neves e de outras três pessoas por suspeita de fraude na compra de respiradores, o secretário de Saúde do Estado do Rio, Edmar Santos, afirmou nesta terça-feira, durante coletiva de imprensa, que foi criada uma força-tarefa para avaliar os contratos emergenciais que o Estado do Rio irá fechar em razão ao enfrentamento da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). 
Santos afirmou que o objetivo da força-tarefa é ter um olhar mais atento para possíveis irregularidades nos contratos referentes à a Secretaria Estadual de Saúde (SES). "A gente está fazendo uma força conjunta e criando uma força-tarefa com membros da secretaria de Saúde e da Controladoria Geral do Estado (CGE) para que a partir de agora todos os novos contratos, especialmente aqueles emergenciais, possam ser feitos com um olhar mais atento dessa força-tarefa", disse ele. 
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Durante a coletiva, o secretário da pasta lamentou e se disse triste e indignado pelo erro grave que ocorreu na pasta. "Em especial neste momento da pandemia, de maior gravidade, algo que não tem nada a ver com a excelência que o restante da equipe da SES tem tido durante todo esse período", contou.  
Ainda segundo Santos, a secretaria adotou medidas para corrigir os problemas. "Nós não compactuamos com nada disso do que aconteceu. Para isso, estamos adotando medidas para corrigir o problema. Uma delas é que as empresas inidôneas não se aproximem da secretaria. Eles vão encontrar uma organização que irá atuar na forma de prevenir e impedir que essas coisas aconteçam", explicou.
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Para Santos, é necessário avaliar a qualidade dos documentos de empresas licitantes e, segundo ele, como a CGE pode fazer isso com muito mais propriedade do que a secretaria estadual de Saúde, os novos contratos terão um avanço.
Além disso, o secretário de Saúde disse que foi feita uma licitação para Procuradoria Geral do Estado do Rio (PGE-RJ) para que inicie o processo judicial para bloquear os bens e garantir o retorno dos valores pagos em adiantamento aos cofres públicos do Estado. A ação visa as empresas e as pessoas físicas. 
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Além do secretário de saúde, a coletiva contou com a presença do subsecretário executivo da SES, Iran Aguiar e o controlador-geral do Estado do Rio, Hormindo Bicudo Neto.