Rio de Janeiro - RJ  - 11/05/2020 - COVID 19 - Coronavirus no Rio -  Movimentaçao em Niteroi São Gonçalo e Alcantara, apos prefeitura decretar bloqueios nas regioes - na foto, fechamento do calçadao de Alcantara -  Foto Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia - Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Rio de Janeiro - RJ - 11/05/2020 - COVID 19 - Coronavirus no Rio - Movimentaçao em Niteroi São Gonçalo e Alcantara, apos prefeitura decretar bloqueios nas regioes - na foto, fechamento do calçadao de Alcantara - Foto Reginaldo Pimenta / Agencia O DiaReginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Por André Arraes

As secretarias de Saúde de 17 estados brasileiros e do Distrito Federal (DF) se posicionaram contra a inclusão das atividades de salões de beleza, barbearias e academias de ginástica na lista de serviços essenciais, segundo decreto do presidente Jair Bolsonaro. Ontem, governadores do Rio, São Paulo, Ceará, Bahia, Pará, Maranhão e Pernambuco, entre outros, informaram que não irão aderir à medida.

O governador Wilson Witzel, em uma rede social, classificou como "irresponsabilidade" o decreto presidencial. "Estimular empreendedores a reabrir estabelecimentos é uma irresponsabilidade. Ainda mais se algum cliente contrair o vírus. Bolsonaro caminha para o precipício e quer levar com ele todos nós". As medidas restritivas pelo decreto do governador permanecem em vigor até 31 de maio, sem qualquer alteração.

O governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), também via redes sociais, afirmou que "as atividades de academias, clubes, centros de ginástica e similares, além de salões de beleza e barbearias, seguem suspensas em todo Estado até o dia 20 de maio". O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB) foi na mesma linha: "reafirmo que aqui no Pará essas atividades permanecerão fechadas. A decisão é tomada com base no entendimento do STF".

O infectologista e coordenador da comissão de infecção hospitalar do Hospital Pedro Ernesto, Marcos Lagos, alertou para os efeitos possivelmente negativos da flexibilização nos serviços essenciais. Segundo ele, é um risco, pois são atividades de contato e com a possibilidade de produzir aglomerações.

"Não as vejo como tão essenciais para uma medida ousada desse tipo. É preciso de mais tempo de observação da curva de casos, até pelo menos o fim de maio, para se tomar ações mais concretas e ter uma ideia melhor do problema. Tem uma chance grande de ter um efeito negativo e aumentar a propagação do vírus", criticou Lagos.

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