Material encontrado com o miliciano - Divulgação / Polícia Civil
Material encontrado com o milicianoDivulgação / Polícia Civil
Por RAI AQUINO
Rio - Policiais da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) prenderam em flagrante, na tarde desta quinta-feira, o miliciano Reginaldo de Carvalho dos Santos. Ele foi capturado em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, e faz parde da quadrilha de Wellington da Silva Braga, o Ecko, responsável pelo maior grupo paramilitar do estado.
De acordo com o delegado Gabriel Ferrando, Reginaldo era responsável por cobrar taxas de empresas de telefonia que desejassem instalar antenas em Campo Grande. Os milicianos colocavam bloqueadores de sinais em uma antena de telefonia do bairro, dividida por várias operadoras, para obrigar as companhias a pagarem um valor a eles mensalmente.
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"Informes coleados pela especializada dão conta de que a milícia estaria iniciando práticas extorsionárias em desfavor de operadoras de telefonia com ameaças de interromper o funcionamento de pontos de redes, em troca do fornecimento de quantias em dinheiro pagas mensalmente por este tipo de empresa", o delegado contou.
Reginaldo foi capturado no estacionamento de um mercado, no momento em que recebia o dinheiro referente ao pagamento das extorsões. Ele foi encontrado com uma pistola calibre .40, com numeração raspada e munições, R$ 5 mil, obtido através de extorsão, anotações de cobranças e um carro roubado.
Material encontrado com o miliciano - Divulgação / Polícia Civil
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Ainda de acordo com o delegado, o miliciano já tem passagens pela polícia por fazer parte de grupos paramilitares. Ele, inclusive, foi preso no ano passado em uma operação da 50ª DP (Itaguaí) contra a milícia.
"As ações desencadeadas ontem fazem parte de uma série de operações da Draco, visando à repressão a grupos criminosos no formato de milícia atuantes na Zona Oeste e regiões vizinhas", Ferrando reforçou, acrescentando que o miliciano vai responder por porte de arma de fogo com numeração suprimida, extorsão e milícia privada.
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Além de Campo Grande, a quadrilha de Ecko também atua em outros bairros da Zona Oeste, como Paciência e Santa Cruz. O grupo paramilitar possui ramificações em outros municípios da Região MetropolitanaBaixada Fluminense.
Ecko é um dos criminosos mais procurados do estado e existe uma recompensa de R$ 10 mil do Disque Denúncia para quem der informações sobre seu paradeiro.