O MPRJ leva em consideração o aumento expressivo de mais de 100% no número de sepultamentos e cremações ocorridas. Comparando apenas os dados de 2020, nos primeiros onze dias de abril foram 2.048 óbitos, enquanto os primeiros onze dias de maio somaram 4.170. E considera, ainda, que a ampliação do horário de funcionamento já implementada parece não ter sido suficiente para solucionar as dificuldades operacionais relacionadas ao traslado e remoção de corpos no período noturno. A Recomendação ressalta o disposto em decretos estaduais e municipais preconizando medidas destinadas ao enfrentamento da propagação do novo coronavírus.
O MPRJ fluminense recomenda que o plano contenha, entre outras medidas, o profissional responsável por atestar e emitir as declarações de óbitos, o órgão responsável por efetuar o transporte do corpo até o local de identificação ou de acondicionamento, um detalhamento das medidas e benefícios assistenciais voltados às famílias que não disponham de recursos para custear traslado e sepultamento de parentes vitimados pela Covid-19.
Ainda segundo o MPRJ, o plano deve conter providências destinadas a viabilizar a futura identificação daqueles que vierem a óbito sem identificação civil e daqueles não reclamados por familiares ou pessoas próximas. Recomenda ainda, entre outras medidas, que o plano contenha a identificação da capacidade cemiterial para sepultamentos e cremações no município e regras sobre horários de funcionamento estendido dos cemitérios e crematórios.