ZONA OESTE - SENAC CG - Matheus Sampaio tem 23 anos e é aluno do curso de Chef Executivo do Senac Campo Grande - ARQUIVO PESSOAL
ZONA OESTE - SENAC CG - Matheus Sampaio tem 23 anos e é aluno do curso de Chef Executivo do Senac Campo GrandeARQUIVO PESSOAL
Por O Dia

Matheus Sampaio, de 23 anos, achou que fosse precisar adiar o sonho de se tornar um chef executivo por causa da paralisação dos cursos do Senac de Campo Grande durante a quarentena. Mas ele e os demais alunos dos cursos Técnico em Estética e Chef Executivo tiveram uma grata surpresa ao descobrir que as aulas continuariam acontecendo, só que pela internet.

"Acredito que o Senac acertou em cheio quando decidiu retornar com as aulas. Confesso que eu e outros alunos estávamos muito preocupados sobre como isso nos afetaria. Infelizmente fomos pegos por uma doença que nos isolou e a instituição rapidamente se adaptou criando essa plataforma de ensino online", alegra-se o jovem, que iniciou o curso em julho de 2018 com o objetivo de aprender a gerir um empreendimento na área da gastronomia, além de cozinhar, claro!

O término do curso estava previsto para setembro de 2020 e, assim como os colegas de classe, Matheus estava ansioso para a conclusão. "Estamos conseguindo manter as aulas, tendo contato com o professor para tirar dúvidas, podemos interagir melhor e cumprir com a agenda de trabalhos. Achei a adaptação fácil, completa e prática. No meio de tantas notícias ruins, é bom ver luzes no fim do túnel", afirma o jovem, lembrando que a última aula presencial aconteceu no início de março.

Módulos teóricos primeiro

Você deve estar se perguntado: "Gastronomia e estética precisam de aulas práticas, não?". Sim, claro. Mas o Senac RJ adotou uma estratégia simples para instituir o formato virtual: antecipou os módulos teóricos. "Como o aprendizado é muito focado na prática, alguns cursos tiveram que alterar as etapas para dar continuidade ao aprendizado", esclarece Alan Souza, instrutor do curso de Chef Executivo da unidade de Campo Grande.

A instituição capacitou docentes para a plataforma digital e elaborou 'Sequências Didáticas', que são documentos orientadores, aula a aula, para que as matérias online sejam seguidas de acordo com as necessidades de cada competência.

Segundo Alan, o curso formal requer toda dedicação e empenho prático em ambiente controlado, com EPI's e equipamentos para trabalhar competências dentro de cozinhas profissionais. Por conta disso, foram necessárias diversas adaptações. "Tivemos que rever os conceitos e também algumas visões, conseguimos melhorar e até crescer em meio à crise. Genericamente as aulas virtuais eram longas e sem foco, mas a internet nos mostrou que devemos ser dinâmicos e rápidos", diz.

"A plataforma teve que ser pensada para dividir a atenção dos alunos em conteúdo de web aulas, itens extras de aprofundamento, fóruns de discussão e atividades para confirmar se o conhecimento foi executado de forma correta", completa o docente. Para ele, essa nova forma de conduzir as atividades trouxe aos alunos também um senso de responsabilidade diferenciado. "Eles controlam a execução de cada tarefa, não são orientados a fazerem em um espaço delimitado de tempo e local, como convencionalmente, e, sim, a qualquer momento em suas próprias casas".

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