Os administradores Juliana e Rafael confirmam a tendência - Divulgação
Os administradores Juliana e Rafael confirmam a tendênciaDivulgação
Por Danillo Pedrosa

O impacto da pandemia do novo coronavírus atingiu em cheio os condomínios. De acordo com pesquisa da Apsa, a taxa de atraso das cotas no Rio de Janeiro chegou a 14% em abril, maior valor já registrado, e não há perspectiva de melhora enquanto durar a quarentena. Na comparação com março, houve aumento de 100% na inadimplência. O cenário é preocupante. 

Segundo o estudo, ainda existe uma elevação na taxa projetada para o mês de maio, o que pode comprometer o funcionamento de milhares de condomínios no Rio de Janeiro, já que as cotas garantem o  salário dos funcionários, limpeza, segurança, água e energia.

Juliana Furtado, que administra com o irmão, Rafael, condomínios na Barra da Tijuca e no Recreio, atesta que, de fato, a inadimplência nunca foi tão alta. Um dos que administra chegou a registrar 30% de atraso neste mês, o que torna quase impossível fechar as contas.

"Como alguns condomínios são muito pequenos, quando uma pessoa deixa de pagar, é bastante grave, porque começa a negativar muito", explica Juliana. 

Diante disso, a Apsa firmou uma parceria com G5 Partners, gerando o programa 'Condomínio em Dia', que vai colocar à disposição dos clientes o crédito de um Fundo gerido pela G5 para garantir o recebimento do valor referente aos condôminos inadimplentes pelos próximos 12 meses. 

"Temos procurado junto com os síndicos auxiliar com as medidas de contenção de despesas. É hora de calma, buscar soluções que privilegiem reduzir os custos, mas sem afetar a vida de todos. Os condomínios têm que funcionar! Imaginem condomínio sem portaria, segurança, água, energia, limpeza? Temos que evitar afetar também a vida dos funcionários", destaca Fernando Schneider, diretor-superintendente da APSA.

Juliana e Rafael são alguns dos administradoras que vão contratar o serviço, já que a tendência é que os atrasos continuem acontecendo nos próximos meses.

"A solução foi repassar essa inadimplência. Durante um ano, ela continua pagando a cota condominial. Com isso, a gente consegue manter um balanço financeiro para esse condomínio", disse Juliana.

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