Por

Após a saída de Nelson Teich do Ministério da Saúde na sexta-feira, o secretário executivo da pasta, Eduardo Pazuello, assumiu ontem o cargo, de forma interina. Pazuello deverá liberar, já nos próximos dias, o uso do medicamento cloroquina até em pacientes com sintomas leves da covid-19, a mando do presidente Jair Bolsonaro.

General do Exército, Pazuello foi nomeado para o segundo cargo mais alto da hierarquia ministerial no último dia 22, depois que Teich assumiu no lugar de Luiz Henrique Mandetta.

Especialista em logística, o militar foi coordenador logístico do Exército durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, além de ter coordenado a Operação Acolhida, que presta assistência aos imigrantes venezuelanos em Roraima.

Atualmente, o Ministério da Saúde orienta profissionais do sistema público de saúde a prescrever a cloroquina apenas em casos moderados ou graves. A expectativa de técnicos da pasta é de que os critérios para o uso sejam apresentados já na próxima semana, antes mesmo de Bolsonaro escolher o substituto definitivo de Teich.

Segundo relatos de auxiliares de Nelson Teich, o próprio Pazuello pressionava pela assinatura de um decreto ampliando o uso do medicamento, que não tem a eficácia comprovada cientificamente.

A mais recente publicação sobre seu uso, divulgada no periódico científico The BMJ na quinta-feira, contraindicou a administração em pacientes com covid-19. A conclusão foi baseada nos resultados de dois estudos clínicos, na França e na China.

Você pode gostar
Comentários