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O novo sistema da CET-Rio que monitora o distanciamento entre pessoas registrou, na sexta-feira, volume de 12% e 49% de pessoas em situação de risco, nos bairros de Copacabana e Tijuca, respectivamente. De acordo com a Companhia, se encaixam na situação de risco pessoas que estejam em uma distância menor de 75 centímetros umas das outras. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, até ontem, o Rio registrou 21.601 casos confirmados e 2.614 óbitos por covid-19.

A ferramenta da CET-Rio conta com um software que dispara luzes na tela do sistema indicando o risco que cada distanciamento representa. A luz verde indica baixo risco, quando há uma distancia mínima de 1,5 metros. A laranja, risco médio, onde há distância entre 1,5 metros e 75 centímetros. Por último, luz vermelha para risco alto, como nos casos de Copacabana e Tijuca, que tiveram pico de concentração às 14h30 e 16h, respectivamente.

O sistema, que usa as 489 câmeras de monitoramento do tráfego aciona o Disk Aglomeração em casos de risco alto. Mas, ontem, em Copacabana a movimentação de pessoas foi menor. Alguns grupos chegaram a se aglomerar para atravessar as ruas, mas logo se separavam. Na Tijuca, apenas moradores e trabalhadores passavam pela Rua Saens Peña, por conta do bloqueio da prefeitura. Já na General Roca e Conde de Bonfim, havia movimentação de pedestres.

Madureira e Pavuna têm movimentação

Ontem, moradores sem comprovante de residência conseguiam passar pelo bloqueio da Avenida Sargento de Milícias, na Pavuna, Zona Norte, apesar do bloqueio da prefeitura. Guardas Municipais orientavam sobre a necessidade do documento. Algumas lojas de serviços não essenciais funcionavam.

A técnica em enfermagem Virgínia Aide, de 23 anos, moradora de Costa Barros, voltava do trabalho e lamentou o desrespeito da população com o isolamento. "As pessoas não respeitam a quarentena. As ruas ainda estão movimentadas. A prefeitura tinha que ter fechado tudo desde o início. Agora, vai precisar fazer lockdown, senão vamos ter mais mortes."

Em Madureira, Zona Norte, o cenário se repetiu. A restrição do acesso à Avenida Edgar Romero não impediu a circulação de pessoas e engarrafamento nas ruas do entorno. Alguns camelôs funcionavam na Estrada do Portela e na Rua Conselheiro Galvão. Amanhã, o Gabinete de Crise e o Conselho Médico Científico da prefeitura devem se reunir para avaliar se os bloqueios, que terminam na segunda, serão prorrogados.

Em nota, a prefeitura disse que a seleção de pontos de bloqueio é baseada nos dados do Centro de Operações, Secretaria Municipal de Saúde e Disk Aglomeração. E que a Secretaria de Ordem Pública e a Guarda Municipal acompanham a aglomeração na cidade.

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