Operários trabalham em obras do Hospital de Campanha de São Gonçalo, no bairro Estrela do Norte
 - Estefan Radovicz / Agencia O Dia
Operários trabalham em obras do Hospital de Campanha de São Gonçalo, no bairro Estrela do Norte Estefan Radovicz / Agencia O Dia
Por Juliana Pimenta

Promessa do Governo do Estado para desafogar o sistema de saúde no combate à covid-19, o hospital de campanha de São Gonçalo segue de portas fechadas. A previsão era de que a unidade fosse inaugurada ontem pela manhã, mas no horário em questão só havia a movimentação de funcionários do canteiro de obras. A Secretaria Estadual de Saúde foi procurada, mas não emitiu resposta sobre a situação da unidade dedicada a atender apenas casos do novo coronavírus.

Segundo fontes ouvidas pelo DIA, o atraso foi motivado por problemas com a Organização Social (OS) Iabas, que administra as instalações de campanha montadas para o período de pandemia. A situação piorou no último sábado, após funcionários da unidade do Maracanã - única em atividade - denunciarem que respiradores do local estavam sendo levados para o hospital de São Gonçalo.

Essa é a segunda mudança de data de inauguração da unidade. No primeiro anúncio, estava prevista para o fim de abril. O hospital de campanha tem capacidade para atender até 200 infectados com o vírus, sendo 40 deles em leitos de tratamento intensivo.

O hospital fica instalado no Clube Mauá, no bairro Estrela do Norte, próximo ao centro. O município tem o quinto maior número de casos confirmados (632) e o quarto em mortes (65).

Procurada, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) não informou a nova data de inauguração para o hospital de campanha do município.

A Organização Social Iabas foi citada na última quinta-feira em operação do Ministério Público Federal (MPF) que investiga esquemas de desvio de verbas na saúde do Rio.

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