Para Chrystina Barros, saída prejudica fluxo de diálogo com ministério - Divulgação
Para Chrystina Barros, saída prejudica fluxo de diálogo com ministérioDivulgação
Por

A saída de Edmar Santos da chefia da Secretaria Estadual de Saúde representa mais uma turbulência que deve ser enfrentada durante o combate à pandemia da covid-19 no Rio. Para especialistas, a gestão do ex-secretário diante da crise de saúde teve saldo positivo e a mudança de gerência em meio à pandemia pode interferir na condução de medidas de contenção e estudos mais aprofundados sobre a doença, ainda pouco conhecida.

"Qualquer mudança de liderança técnica no momento vai impactar negativamente, no mínimo porque ainda existe uma transição de equipes na Secretaria. Perdemos o secretário no mesmo momento que perdemos o ministro da Saúde, e já havia um fluxo de diálogo com o Executivo. Agora, não sabemos como vai ser", aponta Chrystina Barros, especialista em Gestão de Saúde. Para ela, os secretário realizou um bom trabalho ao articular bem com as prefeituras, o governo do estado e a ciência.

Edmar Santos deixa o cargo em meio ao escândalo de desvio de verba destinada à compra de respiradores para o estado, no qual havia envolvimento do 02 da pasta. Chrystina preferiu não fazer juízo de valor sobre Santos, mas reforça que cabe ao gestor de uma organização responder, em última instância, pelos atos de seu time, ainda que não seja o responsável direto.

Daniel Soranz, especialista em Saúde Pública, aponta que os principais erros do ex-secretário envolvem o atendimento de pacientes e a abertura de leitos, como montar hospitais de campanha enquanto há leitos fechados nas redes municipal, estadual e federal, e não incentivar a criação de polos municipais para atendimento de pacientes antes de entrarem no sistema de saúde.

Apesar das falhas, Soranz afirma que a adoção de teleatendimento a nível estadual e comprometimento com a abertura de leitos no Hospital Universitário Pedro Ernesto foram passos importantes.

Você pode gostar
Comentários