O valor da multa foi divulgado na edição desta terça-feira do Diário Oficial do Município. Se não pagar dentro do prazo, a OAS poderá ser incluída em cadastro negativo e se tornar inidônea para trabalhar para o setor público.
De acordo com Crivella, a multa no valor de R$ 60 milhões à OAS é a primeira de outras punições que ainda estão por vir.
Paralelamente à construção do sistema de disciplina para garantir a transparência nas contas e o cumprimento das normas legais, a Prefeitura do Rio deu início, em 2018, a investigações nas obras dos corredores BRT Carioca e Transoeste.
Os processos administrativos foram determinados pelo prefeito Crivella após o consórcio do BRT ter entrado na Justiça contra o município, alegando prejuízos nos ônibus por problemas nas pistas, mas também influenciou a decisão o depoimento do ex-secretário municipal de Obras da gestão anterior Alexandre Pinto ao juiz Marcelo Bretas, em que Pinto admitiu ter recebido 3% de propina em diversos contratos da Prefeitura, entre eles o do corredor Transcarioca.
Em outubro de 2018, a Prefeitura encontrou irregularidades nos 39 km do BRT Transcarioca. O prejuízo estimado à época superava R$ 500 milhões, dos quais R$ 110 milhões em serviços e materiais e R$ 400 milhões referentes aos aditivos do contrato, feitos sem que a obra estivesse de acordo com o previsto.
A partir da publicação da multa no Diario Oficial, a OAS tem um prazo de 30 dias para pagar a multa ou até 15 dias para apresentar pedido de reconsideração.