A atriz e ex-BBB atriz Gyselle Soares foi diagnosticada recentemente com transtorno de ansiedade - Jociel Costa/divulgação
A atriz e ex-BBB atriz Gyselle Soares foi diagnosticada recentemente com transtorno de ansiedadeJociel Costa/divulgação
Por Gustavo Monteiro
Vice-campeã da oitava edição do 'Big Brother Brasil', Gyselle Soares está vivendo um confinamento bem diferente dessa vez. A atriz, que voltou a morar no Brasil depois de dez anos vivendo na França, precisou adiar os projetos de trabalho por conta da pandemia. "Terminei o meu noivado recentemente em Paris, fiquei muito para baixo, triste, e minha autoestima ficou extremamente abalada. Resolvi, então, aceitar algumas propostas de trabalho no Brasil e, consequentemente, estar perto da família para me reabastecer de boas energias. Quando decidi colocar em prática os meus projetos pessoais e profissionais, veio a quarentena", conta a moça, de 36 anos, que foi diagnosticada recentemente com transtorno de ansiedade e está passando a quarentena no Piauí.
"Sou uma mulher acelerada e, de repente, me vi presa em casa, com todos os projetos adiados. Comecei a sentir angústia, me sentir sufocada, e, em alguns momentos, os sintomas eram físicos, como suor excessivo nas mãos, tremedeira nas pernas. Eu não conseguia me concentrar e tinha dificuldades para dormir", revela a atriz, que, antes do isolamento, se dividia entre Teresina e a Zona Oeste do Rio.
Publicidade
Já a atriz Franciely Freduzeski, que sofre de depressão e ansiedade, está encarando os dias de confinamento com a ajuda do filho. "Ele me ajuda muito, me dá conselhos, já que me conhece. Também conversamos muito sobre séries. Sempre fomos amigos, mas, agora, essas conversas, sem compromisso, estão me deixando muito feliz porque dão uma aliviada", diz ela, que mora na Barra.
"Para não enlouquecer, comecei a fazer as coisas com mais 'seriedade', na hora certa. Procuro não pensar muito nas coisas ruins. Sempre anoto minhas metas, desde limpar as gavetas, ler um livro ou pensar em decisões mais assertivas. Digamos que estou fazendo uma a cada dia. Leio muito sobre depressão, passei a entender mais".
Publicidade
A atriz Franciely Freduzeski, que sofre de depressão e ansiedade, conta como está passando por esses dias de confinamento com a ajuda do filho - Angelo Pastorello/divulgação
Problemas preexistentes
Publicidade
A psicóloga Bianca Garcia, que tem consultório na Barra da Tijuca e está fazendo atendimentos virtuais, explica que, neste período, os principais causadores da ansiedade e da depressão são o medo, a falta de previsibilidade, a mudança brusca na rotina e, sem dúvidas, a falta de contato social.
"Algumas pessoas já experimentavam algum grau de ansiedade e sintomas depressivos antes e estes se intensificaram em função da quarentena. Quando nos vemos diante de uma situação de perigo, acionamos no cérebro o sistema de 'luta/fuga', e, com ele, toda a sintomatologia da ansiedade. A falta de contato social e mudança brusca na rotina são fatores importantes para o desenvolvimento de sintomas depressivos".
Publicidade
'Não se cobre tanto'
A psicóloga dá algumas dicas para minimizar os efeitos psicológicos da quarentena. Primeiro, procure manter uma rotina próxima da que você tinha antes, e cuidado com a super ocupação: o fato de estar em casa traz uma falsa sensação de tempo livre. É bom aproveitar o momento pra aprender coisas novas, mas cuidado pra não contar com um tempo que talvez você não tenha. Importante se manter informado, mas sem se inundar de informações.
Publicidade
Procure manter algum contato por vídeo com as pessoas com as quais você se relacionava com mais frequência, faça alguma atividade física e, por fim, não se cobre tanto: entenda que está tudo bem se de um dia para o outro você não estiver tão animado e produtivo.