Sardinha: medidas para reduzir o impacto econômico em Maricá - Divulgação
Sardinha: medidas para reduzir o impacto econômico em MaricáDivulgação
Por O Dia
Rio - Para amenizar os impactos na economia, causados pela pandemia do novo coronavírus, a Prefeitura de Maricá, na região metropolitana do Rio, vai fazer o pagamento de um salário mínimo (R$ 1.045), durante três meses, aos empregados formais de empresas registradas no município com até 49 funcionários. O Programa de Amparo ao Emprego (PAE), lançado ontem, foi idealizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Comércio, Indústria, Petróleo e Portos. Segundo o secretário da pasta, Igor Sardinha, o governo tem tomado uma série de medidas de ajuda às famílias mais socialmente vulneráveis.
De acordo com Sardinha, o PAE ajudará na proteção dos empregos formais na cidade. Além dos micro e pequenos empresários, os microempreendedores individuais (MEIs) também poderão solicitar o auxilio. Os interessados poderão ter acesso ao funcionamento do programa e o cadastro pelo site da prefeitura: “Essa é mais uma medida econômica que a prefeitura executa buscando ofertar a tranquilidade mínima necessária para que o cidadão consiga praticar o seu isolamento social com relativa tranquilidade”.
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Em meio à pandemia que assola o mundo, Maricá tem se destacado na adoção de medidas para reduzir os impactos na cidade. Entre elas, todos os cadastrados no programa de Renda Básica de Cidadania passaram a receber 300 mumbucas (o equivalente a R$300,00) por beneficiário. Foram beneficiadas cerca de 40 mil pessoas. Antes da pandemia, o valor pago por pessoa era de 130 mumbucas mensais. Devido à suspensão das aulas, a prefeitura também está entregando uma cesta básica para cada aluno da rede pública.
Conforme o secretário, há cidades que vêm agindo na área da saúde de maneira muito forte, contundente, pregando o isolamento, além de reforço nos postos de atendimento, fazendo barreiras sanitárias, o que também está ocorrendo em Maricá. Ele ressalta, porém, a necessidade de uma ação complementar na área econômica e de proteção social. “Se essa ação complementar não ocorre, você acaba dificultando o isolamento. Uma pessoa, com vulnerabilidade social, se sente necessitada de furar o isolamento. Além disso, se você ignora os efeitos econômicos dessa paralisação, acaba dificultando a reconstrução da cidade pós-pandemia”, ponderou Sardinha lembrando que os empresários da cidade também estão sendo amparados com linhas de créditos emergenciais a juros zero.
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Sardinha disputará prefeitura em Macaé
Aos 39 anos, o advogado Igor Sardinha chegou à administração do prefeito Fabiano Horta, em 2017, a convite do alcaide. Ex-vereador macaense, por duas vezes, Sardinha tem se tornado um dos destaques da gestão de Horta. Apesar de estar focado em seu trabalho no município vizinho, o ex-vereador disputará a prefeitura na sua cidade natal pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Ele havia concorrido ao cargo em 2016.
Ao contrário de Maricá, que conta com políticas públicas e sociais bem-sucedidas providas com recursos dos Royalties do Pré-Sal, Macaé – que já foi considerada a capital do petróleo - sofre consequências da crise que atingiu a Petrobras. Além de desempregados, a cidade passa por problemas na área de segurança pública, como a disputa entre facções criminosas do tráfico de drogas.
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Para Sardinha, a desigualdade social será o maior desafio a ser vencido por Macaé no período pós-pandemia. “Teremos que nos reinventar enquanto cidade. Nos últimos anos, sofremos vendo Macaé passando por várias crises e aumentando ainda mais os problemas sociais. Emprego, segurança pública, moradia, saúde. Teremos que colocar a cabeça pra funcionar, unir nossos esforços liderando um projeto de união e de diálogo para sairmos dessa”, explica Sardinha ressaltando que a classe política, empresário e cidadão precisam ser ouvidos: “Com um governo com capacidade de gestão para conduzir esse difícil processo nos próximos anos”.