Por O Dia
Rio - A primeira-dama do Rio, Helena Witzel, emitiu uma nota lamentando a operação deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira. Responsável pelo escritório HW Assessoria Jurídica, a advogada confirmou que prestou atendimento para empresa de Mário Peixoto, mas informou ter recebido honorários, emitido nota fiscal e declarado regularmente os valores. "A advogada Helena Witzel reitera seu respeito às instituições, mas lamenta que a operação tenha sido imbuída de indisfarçada motivação política, sendo sintomático, a esse respeito, que a ação foi antecipada na véspera por deputada federal aliada do presidente Jair Bolsonaro", diz a nota. 
De acordo com a investigação, há um esquema de corrupção envolvendo a organização social Instituto de Atenção Básica e Atenção à Saúde (Iabas), contratada para a instalação de hospitais de campanha, e agentes públicos, incluindo gestores da Secretaria estadual de Saúde, responsáveis pelo processo de compra. Contratada para fornecer o material necessário para o funcionamento das unidades, a Iabas teria fraudado documentos e superfaturado o valor dos insumos.
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A ação foi comandada pela Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal e cumpriu 12 mandados de busca e apreensão – sendo 10 no Rio e dois em São Paulo. Os mandados foram expedidos pelo relator do caso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ministro Benedito Gonçalves. Dentre os outros endereços em que os agentes foram enviados ao Rio estão:
. Centro: sede da Secretaria de Saúde, do escritório do Iabas e do escritório de advocacia da primeira-dama, Helena Witzel
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. Botafogo: residência do ex-secretário de Saúde Edmar Santos, atual secretário extraordinário de Acompanhamento da covid-19 do Rio
. Leblon: residência do ex-subsecretário estadual de Saúde Gabriell Neves
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. Grajaú: onde o governador morava antes de se ser eleito
Em nota, Witzel nega participação nas irregularidade investigadas; veja íntegra do comunicado divulgado pelo governador!
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"Não há absolutamente nenhuma participação ou autoria minha em nenhum tipo de irregularidade nas questões que envolvem as denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal.
Estranha-me e indigna-me sobremaneira o fato absolutamente claro de que deputados bolsonaristas tenham anunciado em redes sociais nos últimos dias uma operação da Polícia Federal direcionada a mim, o que demonstra limpidamente que houve vazamento, com a construção de uma narrativa que jamais se confirmará. A interferência anunciada pelo presidente da república está devidamente oficializada.
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Estou à disposição da Justiça, meus sigilos abertos e estou tranquilo sobre o desdobramento dos fatos. Sigo em alinhamento com a Justiça para que se apure rapidamente os fatos. Não abandonarei meus princípios e muito menos o Estado do Rio de Janeiro".
Já a direção do Iabas informou que "forneceu às autoridades todas as informações e documentos solicitados e está à disposição para quaisquer novos esclarecimentos".
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"O objetivo do Iabas é promover o melhor atendimento às vítimas da covid-19 e salvar vidas", acrescentou, em nota.