Caso Marielle e Anderson Gomes, assassinados em 2018: familiares continuam em busca por justiça - Divulgação
Caso Marielle e Anderson Gomes, assassinados em 2018: familiares continuam em busca por justiçaDivulgação
Por O Dia

Rio - O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, ontem, por unanimidade, que as investigações sobre a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, continuem no âmbito estadual. O pedido de federalização foi feito pela ex-procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em setembro de 2019. Ele alegou irregularidades na investigação.

A relatora, a ministra Laurita Vaz, nega que tenha havido inércia de autoridades locais durante as investigações, dado que já foram instaurados diversos inquéritos para apurar o crime e possível envolvimento de milicianos. Laurita pontua, também, que a federalização do caso dificultaria a celeridade das investigações em andamento no Rio.

Alívio da vitória

Para Anielle Franco, irmã de Marielle, o resultado da noite de ontem trouxe alívio após forte mobilização contra a passagem do caso para âmbito federal. "No atual momento político, preferimos que o caso ficasse no Rio, e ainda bem que conseguimos essa vitória", relata. Ela conta que, em apenas uma semana, conseguiram 153 mil assinaturas contrárias à federalização. No dia 19, a família enviou uma carta aberta ao STJ para que avaliassem a mudança como "improcedente".

Com a resolução do STJ, a família reitera a importância de duas respostas no caso, 800 dias após o assassinato de Marielle. "Queremos saber quem matou minha irmã e por que. Eu espero não ter que esperar mais dois anos para descobrir", lamenta Anielle, que não pretende abandonar a luta por justiça.

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