Por O Dia
Rio - Em live exclusiva no jornal O DIA, o pré-candidato Paulo Rabello de Castro (PSD) defendeu a criação de uma Zona de Processamento para Exportações, um centro industrial nos modelos de Taiwan, Hong Kong, China e Singapura, na Zona Oeste da cidade, para gerar empregos e crescimento econômico.
Paulo criticou o atual prefeito, Marcelo Crivella, chamando-o de "melancólico pastor Crivella".
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- Vamos trabalhar pelo Rio - garantiu, na entrevista que foi conduzida pelo colunista de política do DIA Sidney Rezende e pela jornalista Martha Imenes.
Ex-presidente do BNDES e do IBGE, Paulo afirmou que para sanar as contas públicas do Rio de Janeiro vai conclamar todas as donas e donos de casa para que digam como fazer porque eles estão envolvidos, em seus lares, na administração e ajuste de seus orçamentos domésticos.
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- O que o Crivella melancólico anunciou? Absolutamente nada.
Ele disse que se for eleito, no dia 1 de janeiro de 2021, vai ser tudo feito como se faz em casa.
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- Não há como sanar a economia sem crescer. A cidade está estagnada. Vamos estimular as atividades que geram empregos e renda para voltar a crescer - afirmou, acrescentando que fará a gestão das despesas públicas e uma revisão orçamentaria para uma cidade reformulada.
Paulo foi além dizendo ser necessária a repactuação das dívidas com a União, que poderá ser obtida com a articulação da Frente Nacional de Prefeitos.
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- Há décadas sofremos a invasão de nossos bolsos - disse, usando a expressão "juros de agiota".
- Temos saída, sim. O Rio tem potencial. Se a repactuação já tivesse sido feita, não precisariamos recorrer à assistência emergencial [para o combate à covid-19].
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O pré-candidato foi enfático na questão de educação. Segundo Paulo, que foi professor por duas décadas, ele confia no processo educacional integral, que começa na creche.
- Há falta de vagas nas creches. E elas estão localizadas em lugares distantes dos pais e mães que precisam sair para trabalhar.
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Ele disse isso será prioridade nos seis primeiros meses de governo.
Paulo defendeu ainda o horário integral para o Ensino Fundamental, apontando a necessidade da "digitalização" da nova geração.
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- Nas escolas, precisamos de um computador por aluno, e um tablet para que ele leve para casa.
Sobre o Ensino Médio, que é atribuição do estado, Paulo afirmou que criará centros de educação para os que estão fora das escolas.
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- Vamos disputar com o tráfico e a milícia para dar oportunidade aos jovens. Se puder chegar a 80 por cento dos jovens "arranhando" o inglês será ótimo, porque ele é a porta da comunicação.
Com essa função, Paulo apontou que quer transformar o Rio num centro de inteligência e ciência. Uma das ideias é trazer 10 prêmios Nobel para morar e trabalhar na cidade, estimulando a pesquisa e mostrando para a juventude que a ciência é o caminho.
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- Para além da exuberância verde, o Rio precisa ter uma exuberância intelectual, e também ter um centro de pensamento religioso, porque o Rio é uma cidade extremamente religiosa e evangélica - apontou, revelando o plano da criação de um centro filosófico ecumênico.
Segundo ele, a vocação de serviços - turismo, entretenimento, cultura, economia criativa - da cidade não desobriga o gestor de pensar a cidade como centro de indústrias não poluentes de ponta.
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Um polo de ciência e tecnologia, disse, seria em torno da FioCruz e da UFRJ, criando o maior centro do Brasil, de expressão internacional.
Questionado por um leitor que não acredita mais em políticos, Paulo afirmou que a saída para mudar esse clima de indiganção é dialogar.
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- Dialogar, mais do que com coragem, mas com carinho. As pessoas estão mais do que indignadas, estão martirizadas. As pessoas não querem mais se deixar confiar em ninguém. Não querem mais acreditar. Mas, sim, é possível aparecer alguém como Paulo Rabello, que não é um político de carreira, não daqueles tradicionais que quando prometem mudança, nunca mudam nada. 
Ele alfinetou o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), entrevistado ontem na live do DIA, afirmando que está como gestor na categoria dos esforçados, mas não dos bem-sucedidos, argumentando que, com o dinheiro emprestado pelo BNDES para os grandes eventos da cidade como a Olimpíada, Paes deve ter deixado o Rio como Barcelona ficou depois dos jogos. 
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Sobre as denúncias de irrregularidades na construção de hospitais de campanha, Paulo, que foi do PSC, partido governador Wilson Witzon, disse que os fatos o deixam envergonhado.