Por O Dia
A pré-candidata à prefeitura do Rio de Janeiro Cristiane Brasil (PTB) afirmou nesta sexta-feira (29/5), com exclusividade para O DIA, que a operação da Polícia Federal, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na investigação sobre fake news, foi arbitrária, uma "ditadura da toga". A operação teve como um dos alvos Roberto Jefferson, pai da pré-candidata.
"Fiquei triste porque aquilo foi uma violência. Esse processo no STF é inconstitucional. Ele [O STF] é a vítima, ele julga, ele faz as diligências. O cidadão é que é uma vítima. A invasão da cada da minha mãe, por exemplo, que está separada do meu pai há 20 anos, e, é grupo de risco [na crise da covid-19], foi absurda.
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Para ela, a ação foi uma censura, e que o país pode virar uma ditadura do Judiciário, o que chamou de "a ditadura da toga".

"Eles querem calar os cidadãos. Quando meu pai disse uma fake news? Ele fala verdade news. Ele não tem uma rede de pessoas que fica criando mentiras para parecer verdade. Ele fala na cara. Você pode discordar do meu pai, mas ele fala na cara".
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Sobre as propostas para gestão do Rio, garantiu que caso seja eleita levará cidadãos para sentar na cadeira do prefeito. Ela apontou a geração de empregos como um dos pontos principais de sua gestão. As afirmações foram feitas durante entrevista ao colunista político do DIA Sidney Rezende e à repórter Waleska Borges, em live no Facebook e no YouTube.
"Emprego será a tônica do governo,o que será fundamental diante da crise ecoômica e da pandemia".
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De acordo com Cristiane, ela pretender firmar parceria com o governo federal, a desburocratização na abertura de empresas, estimular as startups, e apoiar a vocação do Rio na cultural, turismo e entretenimento. Ela destacou também a importância e excelência da área de serviços na cidade.
Cristiane disse que vai procurar as empresas sediadas no Rio para conversar e perguntar: "O que vocês precisam a prefeitura?"
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"O Rio tem condições de aumentar as linhas de crédito e estimular a atração de novas empresas".
Cristiane prometeu a revisão do Plano Diretor da Cidade, com a participação do cidadão, e o fortalecimento da Guarda Municipal, para o apoio na segurança pública.
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"O Centro de Controle da Prefeitura é subutilizado. Ele precisa ser integrado ao estado, precisar abrir espaço para a imprensa de novo. Vamos espalhar câmeras pela cidade.
Sobre disputar a eleição com o ex-prefeito Eduardo Paes, de quem foi secretária, Cristiane afirmou que não faz futurologia, mas que ele pode até vir a disputar uma eleição para governador, caso Wilson Witzel seja alvo de impeachment por causa das denúncias de irregularidades na construção de hospitais de campanha para o combate ao coronavírus.
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"Estou animada. Quero ser a primeira prefeita do Rio. Fui secretária de Paes por seis anos e deixei um legado das Academias da Terceira Idade, da criação de políticas para o envelhecimento, políticas que foram referência para outras cidades e tiveram repercussão internacional. Era o programa mais citado por Paes na sua campanha de reeleição".  
Cristiane criticou o prefeito Marcelo Crivella, afirmando que ele passou quatro anos inflando a prefeitura. Mais adiante, chamou o prefeito de "gastão", o que impactaria futuras contratações, que seriam feitas de acordo com uma gestão inteligente.
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Segundo a pré-candidata, ele vai basear seu governo em cinco ponto: gestão, inovação, sustentabilidade, cooperação e transparência.

As lives com pré-candidatos a prefeito são uma iniciativa pioneira do jornal O DIA para que a população da cidade possa esclarecer todas as dúvidas e votar de forma consciente. Nesta semana, participaram, além de Cristiane, Eduardo Paes (DEM) e Paulo Rabello de Castro (PSD).