Na Rua Voluntários da Pátria, em Botafogo, a cena é como se fosse de um dia comumDaniel Castelo Branco
Por Yuri Eiras
Publicado 07/05/2020 00:00 | Atualizado 07/05/2020 07:02
Rio - É um efeito dominó: alguém decide dar um passeio na rua, outro se encoraja a fazer uma caminhada, e assim a recomendação de ficar em casa é desrespeitada, tornando a circulação do vírus ainda maior. Dados da CyberLabs, que tem monitorado diariamente a movimentação no Rio de Janeiro, apontou que a cidade teve ontem uma taxa de isolamento de 71%. A avaliação é que a obediência do carioca à quarentena diminuiu: nas últimas duas quartas-feiras de abril, a adesão foi de 81%. Entre os bairros analisados, os que se destacaram negativamente foram Copacabana (70%), Jacarepaguá (57%) e Botafogo (55%).
Em parceria com o Centro de Operações Rio (COR), a CyberLabs utiliza câmeras de monitoramento da cidade para identificar aglomerações de pessoas. A partir da contagem, é feita a comparação com a circulação do local antes do coronavírus. Ontem, havia 71% a menos de pessoas nas ruas em relação ao cenário fora da pandemia. Mas esse número já chegou 85%, o que significa que a população têm respeitado menos a recomendação de ficar em casa.
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A medição é feita em Botafogo, Copacabana, Ipanema e Leblon, na Zona Sul; Jacarepaguá e Barra, na Zona Oeste; Tijuca, na Zona Norte, e Centro. Ipanema, Leblon (ambos com 82%) e a região central (81%) são os lugares que mais respeitam o isolamento. Outros bairros que ainda têm grande circulação de pessoas, como Campo Grande e Bangu, ainda não são avaliados.
Relógios de rua mostram fluxo de pessoas  
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Relógios digitais instalados em bairros com alto índice de circulação, como Copacabana, passaram a veicular, a partir de ontem, dados sobre o fluxo de pessoas nas ruas. O objetivo é alertar a população para que volte a aderir o isolamento social. "É muito importante que as pessoas sigam as recomendações das autoridades. Os números de infectados e óbitos causados pela Covid-19 estão aumentando a cada dia, enquanto o isolamento está caindo. Os relógios serão uma ferramenta de fundamental importância na campanha de conscientização das pessoas", explicou o chefe executivo do Centro de Operações Rio (COR), Alexandre Cardeman.