Início da interdição no Calçadão de Campo Grande, na Zona OesteReginaldo Pimenta/ Agência O DIA
Por O Dia
Publicado 07/05/2020 10:08 | Atualizado 07/05/2020 11:58
Rio - O Calçadão de Bangu, na Zona Oeste do Rio, será interditado pela Prefeitura do Rio, que chama a ação de 'lockdown parcial' e a ação será estendida a lojas e comércios não essenciais fechados obrigatoriamente. Apenas profissionais de atividades essenciais podem circular neste local.
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, disse que o 'lockdown parcial' iniciado hoje em Campo Grande pode ser estendido no fim de semana a Bangu e Santa Cruz, também na Zona Oeste. A medida será tomada caso a população não colabore com a recomendação para evitar aglomerações e usar máscaras, se for necessário sair às ruas.
Publicidade
"Desde 5h de hoje, o Calçadão de Campo Grande está interditado, sem acessos a ele de ambos os lados. Mesmo o comércio que poderia estar aberto, de atividades essenciais, está fechado. Tivemos diversas tentativas de não fechar. Porém, cada vez que íamos lá e fechávamos, e a aglomeração diminuía, tudo voltava a ser como antes, meia hora depois de nossas equipes deixarem o local. Então, é uma medida extrema, mas necessária. E que pode ser estendida também a Bangu e Santa Cruz", declarou.

Crivella demonstrou preocupação com o avanço do contágio do novo coronavírus nesses bairros e com os dados do Disk Aglomeração na região. Campo Grande já é o recordista em número de óbitos por covid-19 na cidade (40), superando a Barra da Tijuca (39), e o terceiro colocado em incidência entre os 158 bairros cariocas que já registraram casos da doença (são 262, atrás de Copacabana, com 367, e Barra, com 343).

Campo Grande e Bangu concentram 36% das denúncias recebidas pelo Disk Aglomeração. 
Publicidade
Questionado sobre organizações de milícia que atuam na Zona Oeste e coagem comerciantes a manterem funcionamento de estabelecimentos, o secretário municipal de Ordem Pública,Gutemberg Fonseca, disse em entrevista ao programa Bom Dia Rio, da TV Globo, que a milícia também está exposta à contaminação do vírus. "É natural que tenhamos a participação da PM . Todas as vezes que tivermos a interferência (da milícia) o estado vai agir conosco. Agora, até mesmo a milícia ela é cidadã. A milícia seja ela qual for, ela também morre com a doença. Independentemente de quem for, estamos falando de vidas", disse.