Carol e Thiago: casamento seria no dia 1º de maio, em Vila Velha, e nova data está em abertoArquivo Pessoal
Por ANA CARLA GOMES
Publicado 10/05/2020 09:00

A instrutora de Pilates Carolina Medeiros, de 28 anos, e o empresário Thiago Salla, de 27, ficaram noivos no ano passado e tiveram um ano para planejar o casamento. "Sonhamos com muitas coisas, lembro que cada ideia que tínhamos diferente sobre os detalhes da festa era comemorada. Queríamos uma festa tradicional, mas que fosse a nossa cara", conta Carol. A data escolhida foi o dia 1º de maio deste ano, no tradicional mês das noivas, com uma cerimônia e uma festa ao ar livre, num espaço em Vila Velha, no Espírito Santo. Mas veio a pandemia do novo coronavírus e, com ela, todos os planos do tão sonhado "sim" tiveram que ser reprogramados, assim como de muitos outros casais.

"Logo assim que começou a pandemia, eu não acreditei que teria tanto impacto, estava otimista ainda. A ficha foi caindo mesmo quando fechou o comércio aqui no estado e com as notícias que maio seria o pior mês da pandemia. No fim de março para início de abril, começamos a ligar para os fornecedores e consultar a possibilidade de uma nova data", lembra Carol.

Até então, o casal havia programado convites virtuais que não haviam sido mandados ainda. "A sensação foi de que estávamos fazendo a coisa certa, por um bem maior e que não iríamos colocar ninguém risco. À medida em que vai passando o tempo, rola um pequeno desespero. Por não saber mesmo quando será seguro ter uma nova festa e se devemos arriscar fazer isso neste ano", conta Carol.

Por conta do momento de incertezas, o casal não definiu uma nova data para o casamento: "Não cancelamos nada, estamos com todos os contratos em aberto para que possamos remarcar em até 12 meses a festa. A princípio tínhamos conseguido encaixar todos os nossos fornecedores para o dia 4 de julho. Depois, voltamos atrás para deixar a data em aberto mesmo. Eu comprei o vestido e ele está guardadinho, esperando a hora certa para ser usado".

As incertezas do momento atual também afetam os planos do casal na parte financeira: "Vamos esperar um pouco mais para casar no civil. Até porque também não sabemos como vai ficar o mercado e nós dois somos empresários. Também iríamos pagar aluguel, a princípio. E assumir um aluguel agora é pouco arriscado, devido às incertezas do mercado".

 

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Agenda quase toda remanejada
Com sua experiência de 16 anos trabalhando em casamentos, especializada em festas, a maquiadora Alessandra Grochko conta que conseguiu remanejar para novas datas praticamente todos os compromissos da sua agenda que tiveram que ser adiados por conta da pandemia. 
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"Eu consegui remarcar 99% dos meus clientes. Só tinha duas festas que eu não tinha mais a data disponível. Todas as datas foram remanejadas. É um sentimento muito difícil. A pandemia é uma situação muito maior do que a gente imaginava. Eu compartilho deste sentimento com as minhas noivas", conta Alessandra.
Ela aposta em comemorações diferentes daqui para frente: "Vão ter festas diferentes, formatos diferentes vão surgir, com festas menores. Acredito que será liberado um número pequeno de pessoas, a princípio", diz ela, certa de que o momento em família deve ser a 'comemoração' da vez: "Se a gente estiver em casa com saúde, tendo comida, já é o bastante para agradecer. E tentar ajudar todos os que precisam. Este é o momento de solidariedade". 
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