Publicado 08/05/2020 07:06 | Atualizado 08/05/2020 07:30
Rio - O Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde (NOIS), grupo de pesquisadores de diversas instituições nacionais e internacionais, mostra que o Estado do Rio apresenta a maior taxa de letalidade pelo novo coronavírus do Brasil. Seguidos do Rio estão São Paulo e o Sudeste em geral. As regiões Sul e Centro-Oeste apresentaram taxas bem abaixo da média nacional, enquanto Norte e Nordeste estão próximas entre si e também da média brasileira.
O Brasil está em 1º lugar na taxa de letalidade e 2º em crescimento na América do Sul. É o que mostra o comparativo com outros nove países do continente: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
O Estado do Rio teve, nas últimas 24 horas, 189 novas mortes confirmadas pelo novo coronavírus (covid-19). Segundo a última atualização da secretaria de Saúde, são 1.394 óbitos pela doença no estado. Há ainda outros 570 óbitos em investigação.
Em crescimento da doença, perde apenas para o Peru. Este país, no entanto, apresenta baixas taxas de letalidade como resultado do alto índice de testagem e, em consequência, a mais baixa taxa de subnotificação entre os países estudados. O Uruguai se destaca como o que apresenta as menores taxas de crescimento e um maior controle da doença.
Em crescimento da doença, perde apenas para o Peru. Este país, no entanto, apresenta baixas taxas de letalidade como resultado do alto índice de testagem e, em consequência, a mais baixa taxa de subnotificação entre os países estudados. O Uruguai se destaca como o que apresenta as menores taxas de crescimento e um maior controle da doença.
De 14 de abril a 4 de maio, a taxa de crescimento diária de casos confirmados de covid-19 no Brasil oscilou em torno de 7%, não sendo possível perceber tendência de decrescimento nítida. Isso indica que o Brasil e suas regiões ainda não atingiram o pico de novos casos.
Nos dias 16, 17 e 28 de abril, o Brasil foi o país com o maior crescimento na taxa de letalidade, o que mostra um aumento considerável do número de óbitos, caracterizando uma situação extremamente preocupante para o país. A taxa de letalidade do Brasil se manteve, nestes 21 dias, muito próxima, colocando o país entre os 25% piores dos países analisados. Além disso, houve uma tendência de aumento na taxa de letalidade do Brasil nos últimos dias, de 6,1% (14/04/2020) para 6,8% (04/05/2020), o que representa um cenário negativo para o país, mostrando que é um dos países onde a epidemia cresce mais rápido.
A pesquisa é baseada em dados oficiais e, por isso, a subnotificação de casos confirmados e óbitos é uma limitação da pesquisa.
A região Sul apresentou as menores taxas de crescimento em relação às outras regiões nas duas primeiras semanas, mas já na última semana a situação piorou e a média foi semelhante ao do resto do país. Já a região Norte manifestou o maior crescimento do número de casos nas três semanas. Dentre todas as localidades analisadas, a única que apresenta sinais de decrescimento é a região Nordeste, com uma queda de aproximadamente 4% da primeira para a terceira semana.
O Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde (NOIS) é um grupo de pesquisa formado por profissionais de diversas instituições: Departamento de Engenharia Industrial/PUC-Rio, Instituto Tecgraf/PUC-Rio, Marketing & Analytics/BizCapital, Rio de Janeiro, Brasil, Barcelona Institute for Global Health (ISGlobal), Espanha, Divisão de Pneumologia/InCor, Hospital das Clínicas FMUSP, Universidade de São Paulo, Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, Rio de Janeiro, e Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). As análises e previsões aqui divulgadas representam as opiniões dos autores envolvidos no estudo e não necessariamente das instituições às quais são associados.
O Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde (NOIS) é um grupo de pesquisa formado por profissionais de diversas instituições: Departamento de Engenharia Industrial/PUC-Rio, Instituto Tecgraf/PUC-Rio, Marketing & Analytics/BizCapital, Rio de Janeiro, Brasil, Barcelona Institute for Global Health (ISGlobal), Espanha, Divisão de Pneumologia/InCor, Hospital das Clínicas FMUSP, Universidade de São Paulo, Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, Rio de Janeiro, e Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). As análises e previsões aqui divulgadas representam as opiniões dos autores envolvidos no estudo e não necessariamente das instituições às quais são associados.
No que diz respeito aos óbitos, o Brasil apresenta taxas dentre os piores países pesquisados. Para este estudo, o NOIS comparou as taxas brasileiras com a de outros 30 países que tinham mais de 50 mortes confirmadas no dia 14/04: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, China, Coreia do Sul, Dinamarca, Egito, Eslovênia, Espanha, EUA, Filipinas, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Índia, Irã, Iraque, Israel, Itália, Japão, Malásia, Noruega, Portugal, R. Tcheca, R. Unido, Suécia e Suíça.
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